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quinta-feira, 15 de maio de 2014

L´Orangerie – Jardins de Versailles

O Palácio de Versailles se transformou em um museu belíssimo e sem dúvida vale a visita, porém independente da visita ao interior do palácio há a possibilidade de conhecer também os jardins. Ao todo são setecentos hectares de terra, inicialmente território de caça da monarquia francesa que se transformaram em residência real por mais de um século. Um magnífico complexo com um lindíssimo jardim francês.
Vista dos Jardins a partir da fonte "Bassin du Latone". Eixo Noroeste.
Vista dos Jardins a partir da fonte “Bassin du Latone”. Eixo Noroeste.
O termo jardim Francês “jardin à la française” é um conceito de jardim que se baseia na ordem e harmonia. De simbologia complexa e muito além de sua beleza, remete ao classicismo romano reinterpretado pelo Renascimento. Expressa o domínio do homem sobre a natureza a partir do controle das formas e simetria do projeto.
Planta do Cpmplexo de Versalhes em 1746, desenhado pelo abade Delagrive, geógrafo da cidade de Paris.
Planta do Complexo de Versailles em 1746, desenhado pelo abade Delagrive, geógrafo da cidade de Paris.
Vista do Laranjal  “L´Orangerie du Château de Versailles” (lado do palácio).
Vista do Laranjal “L´Orangerie du Château de Versailles” (lado do palácio).
O mais interessante é que este conceito de jardim criado em Versailles pelas mãos de André le Notre (1613 – 1700) um dos mais reconhecidos paisagistas barrocos na Europa, determina a forma como homem do século XVII via e se relacionava com a natureza. Foi um projeto extremamente grandioso para a época e influenciou o paisagismo de toda a Europa.
O parque é composto por vários jardins, porém gostaria de destacar o exotismo do Laranjal.
Laranjal em português ou “Orangerie”, como o termo ficou conhecido e denomina qualquer jardim dentro do contexto, ou ainda, neste caso “L´Orangerie du Château de Versailles”, é o jardim localizado no eixo sudoeste do palácio. Projetado por Jules Hardouin-Mansart entre 1684 e 1686, é uma obra prima à parte. Exibe mudas de laranjeiras em jardineiras para poderem ser recolhidas durante os meses mais frios. Estas são cuidadosamente posicionadas para harmonizarem com a linguagem simétrica da composição.  Na época a laranja era um fruto caro e um jardim com diversas mudas era uma ostentação digna da nobreza.
Vista do Laranjal  “L´Orangerie du Château de Versailles” (eixo central).
Vista do Laranjal “L´Orangerie du Château de Versailles” (eixo central).
LeNotre-HardouinMansartEsquerda: Retrato de André Le Nôtre por Carlo Maratta. Óleo sobre tela, 1680. Versaille, Paris.
Direita: Retrato de Jules Hardouin-Mansart por Jean-Baptiste Mauzaisse. Óleo sobre tela, 1843. Musée du Domaine Départemental de Sceaux, Paris.
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