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quinta-feira, 15 de maio de 2014

A "Casa da Cascata".

Um exemplo de Arquitetura que se adapta a paisagem. Localizada a 50 milhas de Pittsburgh projetada em 1934 pelo arquitecto Frank Lloyd Wright, e que até hoje é um exemplo de arquitetura moderna.

A sua principal característica é o fato de ter sido erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, servindo-se dos elementos naturais ali presentes (como pedras, vegetação e a própria água) como constituintes da composição arquitetônica.

A Casa da Cascata ergue-se como uma das maiores obras-primas de Wright tanto pelo seu dinamismo como pela sua integração com a impressionante envolvência natural. A paixão de Wright pela arquitetura japonesa foi fortemente reflectida no projeto da Casa da Cascata, particularmente na importância da interpenetração dos espaços interiores e exteriores e na forte ênfase colocada na harmonia entre o homem e a natureza.
A integração com o cenário estende-se até aos pequenos detalhes. Por exemplo, onde o vidro encontra as paredes de pedra não existe friso de metal; em vez disso, o vidro é calaftado diretamente na pedra. Existem escadas que descem diretamente para a água. Na "ponte" que liga a casa principal ao edifício dos hóspedes e dos criados, uma rocha natural pinga água para dentro, a qual é então diretamente devolvida. Os quartos são pequenos, alguns mesmo com tetos baixos, talvez para encorajar as pessoas a sairem para as áreas sociais abertas, molhes e espaços exteriores.
O riacho ativo (que pode ser ouvido constantemente por toda a casa), redondezas imediatas e paredes e terraços em consola de pedra extraida localmente (lembrando as formações rochosas vizinhas) destinam-se a estar em harmonia, em linha com o interesse de Wright em fazer edifícios que eram mais orgânicos e os quais, desse modo, pareciam estar mais envolvidos com as redondezas. Apesar da queda de água poder ser ouvida por toda a casa, não pode ser vista sem se sair ao exterior. O projeto incorpora amplas extensões de janelas e as varandas estão fora da salas principais dando uma sensação de proximidade das redondezas. O clímax experiencial ao visitar a casa é uma escadaria interior que desce da sala de estar permitindo um acesso direto à correnteza abaixo da casa

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