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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

7 SEGREDOS PARA O SUCESSO EM CONCURSOS DE ARQUITETURA

O debate sobre se as competições de arquitetura valem a pena ou não para quem está começando a carreira já não é novidade. Mas apesar das discussões que isso possa gerar entre arquitetos e jornalistas, uma coisa é certa, se você praticar bastante, ou seja participar de várias competições, com certeza ganhará mais experiência em como fazer um bom projeto. Além de dar para si mesmo a melhor chance de chegar ao topo.
Para lhe ajudar a conseguir um lugarzinho ao sol, aqui estão algumas dicas para maximizar o efeito do seu projeto em um concurso de arquitetura:
Imagem Bustler.
1. Escolha a competição correta
Entre muitos tipos de competições que existem, há aquelas que são apenas competições de “ideias”. Essas podem ser bem tentadoras pelo jeito em que a criação “livre” dá lugar para você imaginar o que quiser, onde ambiciosos briefings encorajam os projetistas a sonhar lindas visões de seus projetos para resolver os problemas sócio políticos do planeta. Um exemplo é o eVolo Skycraper competition.
Entretanto, se você está querendo incluir uma participação em competição nos planos da sua empresa, você tem que olhar para competições que são legítimas e que terminarão em um projeto de verdade. Você quer realmente que seu projeto seja construído ou quer somente que seu nome apareça como vencedor? A competição realmente pagará algum valor ao final dos escolhidos?
Para projetos reais e que serão tirados do papel, vale a pena verificar a autenticidade em sites governamentais para depois ter uma certa certeza que há fundos que serão investidos no projeto vencedor. Assim seu projeto sairá do render para a realidade.
2. Faça seu trabalho de casa
Uma vez que você já se decidiu em que tipo de competição irá participar, comece as análises forenses do briefing recebido. Procure pela locação do projeto, programa e de tudo mais que será necessário para iniciar o projeto. Verifique se essas informações estão claras e especificadas. Investigue com o mesmo rigor de que se fosse um projeto na sua cidade e com o dinheiro já entrando porta adentro. Daniel Libeskind venceu outras 164 entradas de um concurso para o Jewish Museum em Berlim, justamente por seu íntimo conhecimento da história e profundas conotações do lugar onde o projeto seria inserido.
De começo os organizadores do concurso fazem alguma pesquisa sobre o local, mas é algo superficial que ajudará um pouco sim, principalmente se você já tiver um conhecimento prévio do que eles ofereceram em concursos anteriores, pois isso ajuda a entender as prioridades em termos de design e necessidades programáticas que eles querem ver nas propostas. Tudo isso fará com que você tenha mais segurança em projetar, e não vai precisar “dar um tiro no escuro”. Será mais como apresentar uma proposta informal para um cliente familiar.
3. A regra dos 30 segundos
A competição para o projeto do Centro Pompidou, ganha pela dupla dinâmica Piano e Rogers, atraiu quase 700 propostas. Isso significa que o júri tem um tempo limitado para que com seu olhar crítico, possa selecionar algumas propostas entre todas as demais, por isso um impacto instantâneo é crucial.
Uma boa maneira de conseguir isso é uma imagem central “matadora”que vai assegurar que sua proposta pule na frente de outras, como um exemplo, uma dramática e bem feita imagem renderizada em perspectiva mostrando o entorno ou uma bela seção bem detalhada, podem te ajudar nessa hora de ser visto e notado, pelos jurados.
Se sua imagem puder com simples traços ou princípios, mostrar a complexidade de seu projeto de uma maneira forte, pode ter certeza que o júri vai colocar seu projeto em sua lista de preferidos sem nem pestanejar.
Imagem via Plus Mood.
4. Combine elementos diversos
Junto com os seus cortes e renders descritos acima, plantas e elevações podem ser ferramentas bem efetivas na hora de comunicar as suas ideias para seus clientes. Entretanto, ao mostrar tudo isso para um júri especializado, considere fazer algumas combinações extras, para incrementar e chamar a atenção deles. Por exemplo, faça uma maquete, tire algumas fotos e depois adicione alguns detalhes importantes usando um software de sua escolha. Desta maneira você tera como resultado imagens que além de algo virtual, algo real que coloca mais textura e elementos materiais que darão a sua apresentação uma cara diferente da convencional.
Outro método é fazer uma série de gráficos, que um certo Sr. Bjarke Ingels usa muito bem: Diagramas sequenciais. Como uma história em quadrinhos, essas imagens podem reduzir o tempo necessário para explicar o seu projeto, pelo menos muito menos tempo do que ter que ler um memorial descritivo, deixando sua apresentação com uma ou duas pranchas somente. O importante é cativar os olhos dos jurados para que parem e deem uma segunda olhada em seu projeto.
5. Convide críticos 
Os prazos das competições são normalmente bastante apertados, por isso os participantes gastam muito tempo em deixar seus conceitos plausíveis e meditando como será a melhor apresentação final para seu projeto. Nesse caminho é fácil se perder durante as muitas horas de trabalho, onde o que está muito claro para você, pode não transparecer para os jurados. Para que eles não peguem somente um relance de suas ideias, é aconselhável convidar alguém de fora com “olhos frescos”para dar suas impressões sobre o projeto antes que você o submeta a competição.
Outra coisa que podes fazer é dar uma boa olhada na lista de jurados. Se houver alguém que não é da área de arquitetura, ache alguma coisa familiar que atrairá os olhos deles em seus projetos. Eles terão uma perspectiva totalmente diferente das pessoas que já estão acostumadas com a indústria e podem ter um insight que nunca antes alguém poderia considerar.
6. Pense grande
Competições são a sua oportunidade de se perder, fazer o que vier em mente e os jurados frequentemente tendem a gostar de propostas que pareçam, a primeira vista, bem “diferente”. Grandes comissões públicas procuram por gestos conceituais com traços reais que possam no futuro, com conhecimentos posteriores, se transformar em realidade.
A proposta de Jørn Utzon para a Sydney Opera House é um clássico exemplo: Ele praticamente venceu outras 232 entradas para conseguir o trabalho, enquanto a imaginação dos jurados foi capturada pela alegre exibição do expressionismo. Claro que depois de ganha a competição, a construção do prédio e toda a história em volta para que fosse concluída, tornou-se uma luta a parte, mas o legado de Utzon prevaleceu. Então não tenha medo – essa é sua chance de brilhar, então estique o pescoço e pense grande!
7. Faça da sua proposta uma vencedora
A verdade nua e crua é que 99% das propostas enviadas para competições nem terão chance nenhuma de sair do papel, pelo menos aos olhos dos jurados. Entretanto, mesmo que uma proposta não entre na lista dos finalistas, sua vida não precisa acabar neste momento. Se você seguiu os passos descritos acima, você agora tem um belo trabalho para seu portfolio.
Não é incomum que um projeto que não saiu da tela do computador apareça nos websites de escritório famosos, o que dá uma boa margem para que você faça o mesmo. Isso atrai o interesse de possíveis clientes. Tenha a certeza de vender suas propostas com o mesmo zelo em que vende seus projetos já construídos – mesmo que eles não saíram da prancha, eles agem como fantásticos exemplos da sua ambiciosa criatividade.
Além do mais não machuca nada colocar algumas ideias novas na cabeça dos seus clientes, certo?
Fonte: Architizer

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