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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Casa Paraty - Marcio Kogan

Não adianta.......! Cada vez que vejo esse projeto, me encanto com o talento e o bom gosto de Marcio Kogan, um dos grandes nomes da arquitetura brasileira.




Os volumes em balanço, a ortogonalidade, a textura do concreto nu são algumas das características que definem o trabalho do arquiteto paulista Marcio Kogan na casa de veraneio em Paraty,  no Rio de Janeiro, projetada em janeiro de 2008 e finalizada em maio de 2009.  Com este projeto de arquitetura e interiores, Kogan ganhou dois prêmios: o primeiro lugar no Leaf Awards 2009, um dos mais importantes prêmios de arquitetura da Europa, e o Design Awards 2010, da revista britânica Wallpaper, na categoria "Best new private house" (melhor casa).

Construída para um casal de jovens colecionadores de móveis brasileiros do século 20, a casa  tem acesso somente por barco. Os proprietários queriam um lugar que pudesse abrigar sua coleção de mobiliário e passar os finais de semana em meio à natureza.  Assim, contrataram Kogan para desenvolver o projeto que resultou em duas caixas de concreto engastadas na pedra, dois volumes que se projetam da montanha, quase na altura da praia, num balanço de 8 metros. Numa engenhosidade estrutural, a construção se equilibra na topografia do terreno, constituindo um grande vão e um espaço habitável na natureza quase intocada.




Sob o volume suspenso que abriga o living e os cômodos de serviço, um amplo espaço de lazer com espreguiçadeiras proporciona o conforto de quem mergulha na piscina linear de borda infinita, valorizada por uma iluminação cênica.



No bloco superior, reservado aos dormitórios e zonas íntimas, essa face frontal também é aberta para o exterior, porém possui painéis retráteis de varas de eucalipto que protegem os ambientes do sol forte. 
Reparem nas folhas de vidro para vedar apenas um espaço do andar de cima

Móveis elegantes e consagrados completam os interiores, com peças clássicas do design nacional, assinadas por grandes nomes, como Lina Bo Bardi, Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas. 

Apesar de encantar o Brasil e o mundo com suas obras incríveis, o arquiteto Marcio Kogan vive em certa obsessão perfeccionista, sempre buscando aperfeiçoar seus trabalhos e encontrar os erros para não repeti-los futuramente, gênio!!!







Ao desembarcar e pisar na areia, o visitante avista uma piscina, revestida com pedras brasileiras e que parece se confundir com o próprio mar. Depois, uma ponte metálica sobre um espelho d’água forrado de cristais conduz a uma escada que se conecta ao volume inferior da casa. Neste volume estão os ambientes de estar, a cozinha e a área de serviço. O espaço interno é contínuo, com 27 metros de extensão, e frente fechada com vidros para total aproveitamento da vista.

A mesma escada que parte do espelho d'água no térreo sobre até o volume superior que abriga os quartos. Lá, painéis retráteis de graveto de eucalipto dispostos na fachada principal protegem os dormitórios do sol e perfumam o ambiente. Já os espaços voltados para a montanha têm pequenos pátios internos com aberturas para entrada da luz solar. Para encerrar, Kogan criou terraços nas coberturas. O arquiteto fez mirantes para os moradores observarem a mata atlântica do alto, um jardim para as esculturas e cultivo de plantas medicinais e ervas comestíveis. 




Fonte: UOL/ Arcoweb /Archdaily

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