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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Mesmos Espaços, Novos Usos

TERMINAL RODOVIÁRIO/LONDRINA/1952/VILANOVA ARTIGAS

O arquiteto João Batista Vilanova Artigas é o dono de obras marcantes na arquitetura brasileira, e entre elas se destaca o primeiro terminal rodoviário da cidade de Londrina/Paraná. A obra foi um marco na arquitetura moderna e hoje é patrimônio histórico da cidade.

Terminal Rodoviário de Londrina - Anos 50
Sua arquitetura chama atenção pelo conjunto de sete cascas de concreto armado em forma de abóbada, sendo a última seção apoiada em pilares inclinados. Apesar de simples e formal, a obra se identifica com o local em que está inserida e serve como referência para a cidade.
Corte e Planta - Terminal Rodoviário de Londrina

A obra do Artigas passou por diversas fases desde a sua inauguração: ocupação, saturação, abandono e reabilitação para outro uso. Com o passar dos anos a demanda do transporte rodoviário aumentou e a edificação se tornou insuficiente para atender o intenso movimento. Não encontraram outra solução a não ser a escolha de um novo terminal rodoviário para a cidade.
Os motivos que justificaram tal decisão foram: o impacto que uma ampliação causaria no patrimônio, a falta de espaço no centro urbano e o fato de o trânsito local ter ficado saturado.
Com a saída do terminal o bem foi tombado, em 1975, e começou a ser ponto para feiras de arte que acabaram por deteriorar o prédio. Em 1993 a obra foi restaurada e adaptada como Museu de Arte de Londrina.
 Obra e novo uso - Museu de Arte

Escultura em Papel - Museu de Arte de Londrina

Enfim, tudo se transforma e mudanças são bem vindas quando preciso for.

Referências:

OUTRA FORMA DE INTERVIR NA CIDADE

VOP OUTRA FORMA DE INTERVIR NA CIDADE, Belo Horizonte 2000-2011, Alam Cristiam Sena, Trabalho Final de graduação


"Uma investigação de ações integradas para a promoção da mobilidade em sítios não convencionais"


Localizada Na regional Pampulha da cidade de Belo Horizonte-MG a Vila Novo Ouro Preto, ocipada entre as decadas de 60 e 70. Na década de 90 há um expressivo crescimento, quando há o adensamento no fundo de vale. 


Breve História

Em meados do ano 2000 desenvolve-se o plano Global Específico, que definiu directrizes de intervenção na Vila, afim de promover Melhorias nas condições de habitabilidade do lugar.

Em 2006 faz-se a remoção das familias do fundo do vale- o que seria o primero passo para a implantação de um Parque Linear, que não ocorreu conforme as definições do projeto desenvolvido em parceria com a comunidade.

O escritório de integração PUC_MINAS exerce desde 2000 serviços de assessoria técnica para esta comunidade, através de projetos de pesquisa e atividades em sala de aula.  Trabalhando atualmente no projeto de pesquisa xxxx que planeja o reassentamento das familias que habitavam o fundo de vale em dois terrenos bem próximos á Vila.


Contextualização

Atualmente não temos terrenos em nossas metrópoles com valore acessíveis para atender as atuais (e antigas..) demandas por moradias.
O custo social da remoção de uma família geralmente é bastante alto, especialmente se o novo local de moradia for longe do trabalho e da escola.


Numa família de 5 pessoas, se 3 de seus componentes precisarem pegar um ónibus a mais, o custo adicional diario sera de R$15,00, podendo atingir 450,00 em trinta dias.


ENTÃO…

Como olhar para um terreno?

Quais possibilidades a plataforma geológica oferece?
Como intervenir numa infraestructura com declividades predominatemente acima de 47%?

Torna-se cada vez mais importante adequar espaços com características Geomorfológicas diferenciadas para moradias, de modo a evitar remoções.


Objetivo
Conciliar interesses públicos com interesses da comunidade residente, através de medidas de baixo custo social e ambiental, conforme edital do concurso dos urbanistas sem fornteiras para solução de problemas em assentamentos informais, em todo o mundo.



A Proposta



Implantação da  Praça e das Escadas drenantes



Implantação da Vila A                                                    Implantação da Vila B  



Implantação da Vila A                                                     Implantação da Vila B


Diagnostico

Micro Mobilidade

Problema: Barreiras viárias.        
Origem: Implantação convencional de vias em sítio com características atípicas.
Impacto: Segregação espacial, espaços inseguros e algumas vezes intransponíveis.



Macro Mobilidade

Problema: Barreiras viárias. Distância até o ponto de ônibuas acima dos limites de acessibilidade.        
Tipo: Estrutural.

Origem: Impossibilidade de trânsito de ônibus comum na Rua Luiz Lopes, devido à sua geometria.
Impacto: Desconforto para os usuários, especialmente em dias chuvosos.





Escoamento Superficial

Problema: Alagamentos provocados pelas enxurradas. Impacta em todos os becos da vila, além do fundo de vale, onde está a rua Luiz Lopes.
Origem: Inexistência de sistema de drenagem pluvial.
Impacto: Oferece risco à integridade física dos moradores , além de comprometer a mobilidade em dias chuvosos.


Vazamento de esgoto

Problema: Estrutural – vazamento no sitema de esgotamento sanitário.
Direcionamento: Afastar a rede de esgoto dos locais de passagem.


Proposições

Micro Mobilidade


Funicular
Bonde sobre trilhos ligado a cabo de aço. Funciona bem em locais com alta declividade

Bycicle Lift
Comprimento Max= 20M %Max = 20%


Macro Mobilidade

Linha Suplementar
Microônibus em linha suplementar que ligará a Av. Abílio Machado á estação Carlos Luz do BRT.


Solução

Escada drenante

Placas de piso em argamassa armada produzidas in loco são colocados sobre calha de mesmo material por onde passarão as tubulações e Aplicabilidade em toda a vila, ao longo dos becos.
Obrigatoriamente deve ser planejada e executada em compatibilidade com as redes de abastecimento e coleta.
A água das chuvas escoa pela galeria que sustenta a escada, liberando a passagem de pedestres durante as chuvas.


Telhados Colectores

Coleta de águas pluviais através do telhado. Deverão ser desprezadas as águas dos primeiros 15 min de chuva, devido à contaminação por fezes e pequenos animais. A água coletada será direcionada para uma pequena estação de tratamento e depois será bombeada de volta para as casas colectoras.





ReferênciaAlam Cristiam Sena, Trabalho Final de graduação/ www.alamsena.wordpress.com

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A vida é um Sopro – Oscar Niemeyer – Documentário

A Vida é um Sopro A Vida é um Sopro A vida é um Sopro - Oscar Niemeyer - Documentário a vida e um sopro
A Vida é um Sopro
É possível contar a história de um povo através da sua arquitetura? Dizem que o aspecto mais importante da aparência dos edifícios está no que vislumbramos a respeito das sociedades que os construíram. Seguindo este raciocínio, podemos afirmar que a arquitetura de Oscar Niemeyer e outros arquitetos da sua geração é, com certeza, o que de melhor o Brasil produziu. Uma arquitetura com alma própria, inspirada na geografia de nosso país, que acabaria por influenciar arquitetos no mundo inteiro.

Oscar Niemeyer – A vida é um sopro 
é um filme que, sem pretender ser inovador ou genial como o personagem que lhe serve de tema, procura se pautar na clareza de suas linhas e na poética de suas formas, para (re)construir a história do maior ícone da Arquitetura Moderna Brasileira. Uma história indissociavelmente ligada às transformações do país neste último século.
No documentário, de 90 minutos, o arquiteto conta de forma descontraída como concebeu seus principais projetos. Mostra como revolucionou a Arquitetura Moderna, com a introdução da linha curva e a exploração de novas possibilidades de utilização do concreto armado. Fala também sobre sua vida, seu ideal de uma sociedade mais justa e de questões metafísicas como a insignificância do Homem diante do Universo.
Produzido pela Santa Clara Comunicação e rodado em vídeo digital e 16mm no Brasil, na Argélia, França, Itália, Estados Unidos, Uruguai, Inglaterra e Portugal, A vida é um sopro é costurado por imagens de arquivo inéditas e raras, e por depoimentos de personalidades como os escritores José Saramago, Eduardo Galeano e Carlos Heitor Cony, o poeta Ferreira Gullar, o historiador Eric Hobsbawn, o cineasta Nelson Pereira dos Santos, o ex-presidente de Portugal Mário Soares e o compositor Chico Buarque.
Gênero: Documentário
Ano/Produção: 2007/Brasil
Duração: 90 min.
Fonte: Sinopse / Trailer YouTube


Nova Iorque mostra que ciclovias protegidas são realmente um avanço


© Flickr CC User Paul Krueger   

  © Flickr CC User Paul Krueger

A implementação de ciclovias protegidas nas cidades frequentemente suscita objeções de condutores que acreditam que dedicar uma pista inteira aos ciclistas prejudica o fluxo dos carros e cria mais congestionamentos nas cidades. Contudo, um estudo sobre as ruas de Nova Iorque que vem sendo desenvolvido desde a implementação das primeiras ciclovias protegidas na cidade em 2007, mostra que, na realidade, o oposto é verdadeiro: separar os diferentes tipos de tráfego torna os deslocamentos mais rápidos.
Isso sem nem considerar os benefícios para a segurança dos ciclistas que este tipo de ciclovia garante, com o estudo demonstrando que o risco de acidentes envolvendo ciclistas e pedestres diminuiu nas ruas onde as ciclovias protegidas foram instaladas.
Saiba mais sobre os resultados desse estudo, a seguir.
O estudo mostra que, mesmo com o o grande aumento do número de ciclistas, o número total de acidentes envolvendo os que se deslocam sobre duas rodas caiu entre 2001 e 2013, representando uma diminuição de 65% no risco de acidentes relacionados com o ciclismo urbano. O número total de acidentes envolvendo todos os meios de transporte caiu 20% nesse período.
Além disso, o tempo de deslocamento nessas ruas também diminuiu. Por exemplo, o tempo gasto no trânsito na Columbus Avenue caiu 35%. Na Primeira Avenida a velocidade média dos táxis aumentou nos trechos onde as ciclovias foram instaladas; porém, nos trechos sem ciclovias houve um aumento no tempo de deslocamento.
Falando à FastCo, Josh Benson, diretor dos programas para ciclistas e pedestres do New York City Department of Transportation, atribuiu o aumento na velocidade do tráfego ao desenho das interseções de vias, onde os carros que dobram as esquinas contam com uma área dedicada onde podem aguardar sem atrapalhar o fluxo: "Com essa área de remanso fora do fluxo você consegue ver o ciclista, o ciclista consegue ver o veículo dobrando a esquina, você pode parar e não se sentir pressionado pelo trânsito de trás a fazer um movimento rápido. Essa é uma grande medida de segurança associada a esse tipo de ciclovia, mas que também beneficia o trânsito."
Além desses resultados, o estudo também descobriu que as ruas com ciclovias protegidas apresentaram maior crescimento comercial que as ruas sem ciclovias. Essa demonstração empírica de que ciclovias são boas para mais pessoas além dos ciclistas é importante para convencê-las a reivindicar mais delas, disse Sean Quinn, co-diretor do Grupo de Projetos para Pedestres do DOT: "Não vamos apenas dizer que esse é um equipamento para bicicletas e que vai beneficiar um meio de transporte - diremos que as ciclovias têm o potencial de beneficiar a todos nos bairros onde forem instaladas."
Via Fastco Exist



Fonte:Stott, Rory. "Nova Iorque mostra que ciclovias protegidas são realmente um avanço" [New York Shows that Protected Cycle Lanes are a Win-Win Improvement] 27 Sep 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 28 Set 2014. http://www.archdaily.com.br/br/627730/nova-iorque-mostra-que-ciclovias-protegidas-sao-realmente-um-avanco?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=e56d4308c8-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-e56d4308c8-407774757

4 propostas para o primeiro parque elevado de Washington
© OLIN / OMA    
© OLIN / OMA
OMA, Höweler + Yoon, NEXT Architects, e Cooper, Robertson & Partners fazem parte das quatro equipes competindo para projetar o primeiro parque público elevado de Washington D.C.. Como parte de um concurso de seis meses de duração, as equipes acabam de divulgar suas propostas preliminares para o que será conhecido como o 11th Street Bridge Park.
Suspenso sobre o Rio Anacostia, o parque busca reconectar dois distritos bastante diferentes da cidade e reaproximar a população das orlas do rio. Espaços educativos e de performances, além de cafés e áreas desportivas, farão parte do programa do parque.
Dê uma olhadas nas quatro propostas, a seguir.
Balmori Associates / Cooper, Robertson & Partners
O Bridge Park funcionará tanto como um centro cívico quanto como um parque. Ele é mais que o cruzamento de um rio; é um lugar. Será uma proposta pioneira por reforçar o sentido de comunidade na população que o utilizará. Através do projeto do Bridge Park, acreditamos que podemos ajudar a reconectar os diversos bairros em ambos os lados do rio, reaproximar a água da vida das pessoas, melhorar a qualidade dos espaços públicos através de atividades físicas e sociais, e gerar novos empregos para os cidadãos locais. Essas ideias moldaram nossa proposta. Nosso objetivo é criar um Bridge Park que seja inclusivo, memorável e simbólico. 
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  © Balmori Associates / Cooper, Robertson & Partners
Bridge-park-ba-crp-rendering-02   © Balmori Associates / Cooper, Robertson & PartnersBridge-park-ba-crp-plan 
 © Balmori Associates / Cooper, Robertson & Partners

OLIN / OMA
Nossa proposta para o 11th Street Bridge Park—o Anacostia Crossing— é um lugar de trocas. O parque conectará dois lados historicamente separados com uma série de espaços e programas externos e zonas ativas que proporcionarão um espaço de engajamento suspenso sobre - ainda que ancorado no - rio Anacostia. Para criar esse lugar - mais um destino que uma passagem - concebemos a ponte parque como um momento claro de interseção onde os dois lados do rio convergem e coexistem. OAnacostia Crossing oferecerá diversos programas, um novo parque para o bairro, um local de descanso para os trabalhadores locais, um refúgio para os habitantes e um território para os turistas explorarem. 
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Stoss Landscape Urbanism / Höweler + Yoon Architecture
Historicamente, pequenos barcos e balsas proporcionaram conexões vitais entre os rios de Washington, incluindo locais ao longo do rio Anacostia. Num passado não tão recente, as balsas transportavam os trabalhadores que habitavam os bairros próximo ao Anacostia e os levavam ao longo do rio para seus empregos. Essas cruzamentos de balsa se tornaram locais de encontro e trocas sociais, e não apenas locais de passagem. Nosso projeto propõe um novo cruzamento que estabelece novas conexões ao longo do Rio Anacostia e entre as comunidades de cada margem dele.
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      © Stoss Landscape Urbanism / Höweler + Yoon Architecture
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  © Stoss Landscape Urbanism / Höweler + Yoon Architecture
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© Stoss Landscape Urbanism / Höweler + Yoon Architecture

Wallace Roberts & Todd (WRT) / NEXT Architects / Magnusson Klemencic Associates
Bem vindo ao Anacostia Landing, um parque de 25 acres desenvolvido ao redor do Rio Anacostia, um portal para a história do local e a partir do qual os distritos próximos se desenvolverão como cidades costeiras. O projeto desenvolvido pela parceiraWRT/NEXTatende e dá forma aos objetivos do edital do concurso: reconectar as diversas comunidades, reaproximar as pessoas da água, melhorar a saúde pública através da recreação e lazer, e expandir as oportunidades econômicas. 
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   © Wallace Roberts & Todd (WRT) / NEXT Architects / Magnusson Klemencic Associates
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  © Wallace Roberts & Todd (WRT) / NEXT Architects / Magnusson Klemencic Associates
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     © Wallace Roberts & Todd (WRT) / NEXT Architects / Magnusson Klemencic Associates

A equipe que continuará desenvolvendo a proposta será anunciada em outubro. Dê uma nota para cada projeto aqui.

Fonte:Rosenfield, Karissa. "4 propostas para o primeiro parque elevado de Washington" [4 Visions Released for D.C.’s First Elevated Park] 28 Sep 2014.ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 28 Set 2014. http://www.archdaily.com.br/br/627756/4-propostas-para-o-primeiro-parque-elevado-de-washington