Translate

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O que você faria para levar a natureza para os centros urbanos?

Em meio ao centro do Rio de Janeiro, sentar na grama enquanto carrega o celular.
Em meio ao centro do Rio de Janeiro, sentar na grama enquanto carrega o celular.

O Múrmura é uma plataforma colaborativa para compartilhar ideias e iniciativas transformadoras no espaço urbano. Uma das frentes de atuação de trabalho é por meio de desafios criativos que são lançados constantemente, o último deles é o “Traga a natureza pra cidade”.
Esse projeto busca incentivar a população urbana a levar mais verde para os bairros. “Nosso objetivo é encorajar as pessoas a intervirem na cidade em busca de fazer o cinza virar verde. Queremos despertar a inteligência coletiva e dar escala a ideias simples e transformadoras”.
Para encorajar e inspirar as ações, o grupo já testou na rua três ideias. “Um bom lugar para uma árvore” é iniciativa que pinta esta mesma frase no chão de ruas e avenidas com pouca vegetação. Trata-se de um alerta para a falta de áreas verdes na cidade e é uma ideia adaptada da artista norte-americana Candy Chang.


Divulgação

“Poste-árvore” é o nome de outro projeto desenvolvido para participar do desafio. Como o próprio nome indica, o grupo instalou diversas plantas nos postes e pontos de ônibus. As mudas foram plantadas em vasos e amarradas nas estruturas de concreto. Confira abaixo:

Divulgação

A última das ações foi a “A natureza recarrega”. Com um carrinho, foi projetado um banco de grama na Avenida Presidente Vargas, centro do Rio de Janeiro, com carregadores de celular. Quem passava por ali podia “sentar na grama” para esperar o ônibus passar, completar a carga do celular ou simplesmente descansar.
Este último projeto implantado, como pode ser visto abaixo, mostra que a intervenção urbana voltada para o verde, por menor que seja, já faz uma grande diferença no ambiente urbano.



Divulgação

O grupo convida todos a também colocarem a mão na massa. “Estamos procurando por ações simples, criativas, replicáveis e inspiradoras que despertem em outras pessoas a vontade de fazer também. A qualidade da execução e a apresentação da ideia são importantes, mas o mais importante é que a ideia seja capaz de ser executada em outros lugares também”, afirma o grupo. Confira abaixo o vídeo do desafio:

Veja o vídeo: https://vimeo.com/124778495

Este desafio é realizado em parceria com o Zebu, empresa que desenvolve projetos criativos de design e sustentabilidade. Para saber mais sobre como participar, clique aqui.

Marcia Sousa – Redação CicloVivo
Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia/o-que-voce-faria-para-levar-a-natureza-para-os-centros-urbanos

As 10 coisas que você deve saber sobre direitos autorais arquitetônicos

Wangjing SOHO, by Zaha Hadid Architects, is planned for Beijing but is being "copy-catted" in Chongqing (in fact, that version may be completed first). Northwest Aerial © ZHA        Wangjing SOHO, by Zaha Hadid Architects, is planned for Beijing but is being "copy-catted" in Chongqing (in fact, that version may be completed first). Northwest Aerial © ZHA
Com toda a recente polêmica sobre as imitações de Zaha Hadid na China, decidimos que seria interessante apresentar uma melhor compreensão do freqüentemente obscuro mundo dos direitos autorais arquitetônicos. Neste esforço, decidimos re-imprimir um artigo de Attorney Jeffrey M. Reichard, que lida com direitos de propriedade intelectual e construída juntamente com Nexsen Pruet em Grennsboro, NC, e conhece uma ou outra (ou dez!) coisas sobre o assunto. O artigo foi originalmente publicado como um Alerta dos Direitos de Construção para os clientes de seu escritório.
Algumas pessoas dizem que imitar é um modo sincero de demonstrar admiração. No entanto, sob as leis de direitos autorais arquitetônicos, imitações podem acabar custando caro. Aqui estão dez dicas que auxiliarão construtores, proprietários e arquitetos a se protegerem de disputas de direitos autorais arquitetônicos.
Veja as 10 coisas que você precisa saber sobre direitos autorais arquitetônicos após o intervalo...
1. CONSTRUIR UM EDIFÍCIO CONSIDERAVELMENTE SIMILAR SEM PERMISSÃO PODE INFRINGIR OS DIREITOS AUTORAIS DO PROPRIETÁRIO.
Em 1990, o Congresso aprovou o Ato de Proteção aos Direitos Autorais de Trabalhos Arquitetônicos que assegura explicitamente os direitos de proteção aos projetos originais de arquitetura em virtualmente qualquer forma, incluindo plantas, desenhos e os próprios edifícios. Isto significa que um construtor pode estar sujeito a infrações aos direitos autorais se o edifício infringe outras plantas ou edifícios, independente se as plantas foram mesmo copiadas. Portanto, construtores, arquitetos e proprietários não devem buscar imitar outra obra arquitetônica de forma alguma.
2. FAZER PEQUENAS ALTERAÇÕES NAS PLANTAS NÃO EVITA NECESSARIAMENTE A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS AUTORAIS.
Tribunais normalmente aplicam um ou dois testes para determinar se uma obra arquitetônica infringe o direito autoral de um trabalho original. Em cada um destes testes, o tribunal procura determinar se a obra acusada de violação é "consideravelmente similar" ao trabalho protegido. No primeiro teste, freqüentemente chamado de teste do "ver e sentir" ou teste do "conceito e sentimento total", as obras são comparadas em suas totalidades por "observadores comuns" para determinar se são muito similares ou não. Portanto, pequenas modificações que não mudem o aspecto geral da obra podem infringir os diretos do proprietário. No segundo teste, chamado de teste do "filtro", o tribunal filtra as porções não originais do trabalho antes de examinar as porções originais/protegidas da obra para determinar se são consideravelmente similares ou não. Com a aplicação destes testes, mudar aspectos básicos, como as janelas, portas ou outros elementos simples não é garantia de se evitar a violação dos direitos autorais.
3. VIOLAÇÃO INOCENTE NÃO É UMA DESCULPA PARA VIOLAR.
Para vencer uma ação judicial de infração de direitos autorais, o proprietário dos direitos não deve apontar a intenção de cópia, ou mesmo a cópia real. Ao invés disso, ele precisa simplesmente dizer que o alegado de infração teve acesso ao trabalho protegido por direitos de autor e que a obra alegada é consideravelmente similar à obra protegida pelos direitos. Conseqüentemente, o construtor ou proprietário poderá estar sujeito à violação dos direitos autorais, mesmo se eles não infringiram intencionalmente a obra protegida.
4. A FALTA DA NOTA DE DIREITOS AUTORAIS PODE NÃO PREVENIR O SUCESSO DE UM PROCESSO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS.
Apesar de muitos acreditarem que a marca de direitos autorais  "©" é necessária para a proteção, isto é geralmente falso. Para obras publicadas após 01 de março de 1989, a marca de direitos autorais não é necessária para fazer valer um processo de violação de direitos autorais. Portanto, construtores, arquitetos e proprietários deveriam assumir que todas as obra arquitetônicas são protegidas, independente se o autor inclui ou não a marca de proteção de direitos.
5. A VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS TRAZ O RISCO DE DANOS, HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E CUSTOS JUDICIAIS.
Sob certas circunstâncias, o proprietário do direito autoral pode ter direito a receber indenização dos honorários advocatícios e custos judiciais por parte do infrator. Indenização significa que o proprietário não precisa provar a quantidade de danos sofridos como resultado da violação. Ao contrário, o tribunal pode destinar até $150.000 por infração. Em outras palavras, um construtor pode estar sujeito a ter de pagar até $150.000 por cada estrutura que infringe os direitos do proprietário. Além das indenizações, a corte pode definir que o infrator deve pagar taxas processuais e as taxas dos honorários advocatícios do proprietário.
6. ARQUITETOS E DESIGNERS DEVEM REGISTRAR O QUANTO ANTES SEUS DIREITOS AUTORAIS PARA OBTER MAIORES RECURSOS CONTRA POSSÍVEIS INFRATORES.
Como apontado no parágrafo anterior, indenizações e honorários podem estar disponíveis para proprietários de direitos autorais que registraram seus direitos a tempo. Para receber estes recursos, o proprietário deve ter registrado antes que a violação tenha sido iniciada pelo infrator ou, no caso de trabalhos publicados, dentro de três meses após a primeira publicação do trabalho. Registrar um direito autoral no Escritório de Direitos Autorais do Estados Unidades é simples, relativamente barato e pode ser feito eletronicamente. Para mais informações a respeito do registro de direitos autorais, por favor visite http://www.copyright.gov/.
7. SE VOCÊ RECEBEU AS PLANTAS DE TERCEIROS, ASSEGURE-SE DE QUE VOCÊ TEM O DIREITO DE CONSTRUIR, COPIAR E/OU MODIFICAR ESTAS PLANTAS ANTES DE USÁ-LAS.
Proprietários freqüentemente solicitam projetos a vários arquitetos ou designers durante a etapa de projeto e orçamento. Alguns proprietários acreditam possuir o direito de dividir as propostas obtidas neste processo com outros arquitetos que também competiam para conseguir o projeto. Isto pode ser problemático dependendo da relação contratual entre o proprietário e o projetista. Se o dono do projeto possui todos os direitos autorais do projeto original, um projetista desavisado pode violar estes direitos do projeto original quando altera e constrói um projeto consideravelmente similar ao original. Portanto, quando um proprietário, gerente de obras ou outro lhe entrega plantas arquitetônicas, você deve se assegurar de que possui o direito de construir, copiar e/ou modificar estas plantas antes de utilizá-las.
8. SE VOCÊ ACEITAR PLANTAS DE TERCEIROS, PEÇA PELA IDENTIFICAÇÃO DE QUALQUER VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL LIGADA ÀQUELAS PLANTAS.
Como comentado no parágrafo anterior, múltiplas conseqüências imprevistas podem ocorrer quando as partes compartilham plantas entre si. Portanto, se você receber plantas de construção de um terceiro e lhe for pedido para construir, modificar ou utilizar estas plantas, você deve pedir à parte que lhes concedeu as plantas para lhe indenizar se algum direito autoral referente àquelas plantas for infringido. A identificação escrita também deve incluir a identificação de quaisquer outras formas de propriedade intelectual que possa se originar do uso destas plantas e deve incluir o dever de defender qualquer litígio relacionado além do dever de indenizar.
9. O ARQUITETO OU DESIGNER ORIGINAL CONTINUA A SER O PROPRIETÁRIO DOS DIREITOS AUTORAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO, MESMO SE O CONTRATANTE OU PROPRIETÁRIO PAGOU PELO PROJETO.
Em muitos projetos de construção, o proprietário, gerente de obras, ou contratante contratará um arquiteto ou designer para projetar o edifício. Independentemente do pagamento, se o contrato não especifica o contrário, o arquiteto ou designer original permanece o proprietário dos direitos autorais e o comprador obtém meramente a licença não-exclusiva de utilizar as plantas para aquela construção em particular. Isto significa que o proprietário e/ou contratante não possuem necessariamente o direito de utilizar as plantas compradas para qualquer outro projeto e não possuem o direito de impedir o designer original de vender aquelas mesmas plantas para outros contratantes. Assim, proprietários e/ou contratantes devem insistir para que seus contratos contenham uma atribuição escrita de todos os direitos autorais e outras propriedades intelectuais que o arquiteto possui nas plantas para se garantirem de que o arquiteto não apresente nenhum direito de propriedade intelectual que possa criar problemas no caminho. Como alternativa, um proprietário ou contratante deve obter permissão escrita do arquiteto original antes de reutilizar plantas previamente adquiridas em outros projetos. Se a singularidade é importante para o proprietário, ele deve insistir também para que sua licença seja exclusiva. Caso contrário, um arquiteto poderia revender o projeto para outros.
10. GARANTA QUE SEU SEGURO CUBRA VIOLAÇÕES DE DIREITOS AUTORAIS.
Muitos profissionais da construção acreditam equivocadamente que possuem um seguro que cobre virtualmente qualquer espécie de reivindicação que possa surgir em uma construção. No entanto, a maior parte das apólices de seguro de responsabilidade civil não cobrem infrações de direitos autorais arquitetônicos. De acordo com o que foi dito neste artigo, processos de violação de direitos autorais podem ser muito caros e potencialmente devastadores para construtoras. Portanto, você deve consultar seu agente de seguros para se garantir de que sua apólice cobre esse tipo de violação. Em alguns casos, pode estar coberto por algum seguro de responsabilidade profissional. Em outros casos, você poderá adquirir cobertura adicional. Em qualquer uma das situações, é melhor estar seguro do que correr riscos.
Artigo via Lexology. Originalmente publicado em Nexsen Pruet.


Fonte:Quirk, Vanessa. "As 10 coisas que você deve saber sobre direitos autorais arquitetônicos " [The 10 Things You Must Know About Architectural Copyrights] 16 May 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Britto, Fernanda) Acessado 24 Abr 2015.http://www.archdaily.com.br/98175/as-10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-direitos-autorais-arquitetonicos
Veja também a Resolução nº 67 do CAUBR, sobre o Direito Autoral:
http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2012/07/RES_67_ALTERADA_74.pdf

O MUNDO NÃO É MATERNAL - Martha Medeiros

É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto. Quando se é adolescente pensa que viveria melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, 
já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
 
O mundo não se importa de estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se viramos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o nosso.
O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.
Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividados por 20 anos.
O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro,
que a gente tenha boa aparência, e estoure o cartão de crédito.
Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas esta mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba.
O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos, para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa.

O mundo quer nosso voto mas não quer atender nossas necessidades. O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não para para nos ouvir.
O mundo pergunta quantos eletrodomésticos você tem em casa e qual é o grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de infância,
das nossas notas do colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se comunica se trumbica. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas...
 
Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecendo em troca de alguma atenção.
Mãe sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem dotados e cobra caro pelo seu tempo.

Mãe é de graça!!
 

Foto de Giu De Cesare.

segunda-feira, 27 de abril de 2015



Fonte: Imagem do Google

Biblioteca em casa

Quem não gosta de livros? Todos tem algum livro ou historia que conheceu de alguma forma que
 marcou sua vida, e não há nada melhor do que ter seu cantinho da imaginação em sua casa.
 Afinal, muitos sonham com sua própria biblioteca. O difícil mesmo é encontrar um lugar para
sua biblioteca, e saber monta-la de maneira pratica, confortável e com uma pitada de personalidade.
Por isso juntei aqui alguma opções de espaços que você pode usar na sua casa, e modelos de estantes e
 algumas das brincadeiras que se podem fazer com elas.




































Por:http://ellearquitetura.blogspot.com.br/

Mesopotâmia/ Tipologia II: Urbanismo

As antigas culturas e o urbanismo estão intimamente ligados. Em meio de uma região agrícola, a cidade se converte em um ponto de cristalização para a organização da sociedade de divisão do trabalho. É um lugar de culto, sede da administração, centro de produção e intercâmbios comerciais um mundo de comunicações. Se protegem com muralhas contra os perigos crescentes. O urbanismo Mesopotâmico se concentra fundamentalmente em três pontos, que coincidem com as zonas centrais de população e das cidades que ostentam a liderança política e cultural.



O Grupo Meridional, compreende com Ur, Eridu, Uruk, Nippur, Lagash e Larsa, as cidades mais antigas, lugares de culto que a partir de 3800 são convertidos pelos sumérios no centro de suas cidades estado.
O Grupo Central com Kish, Sippar, Acad, Mari, Borsipa e Babilónia, constitui a terra mãe dos acadios e babilónios.
O Grupo Setentrional no curso superior do Rio Tigre é o âmbito da população dos assírios. As cidades mais importantes são Assur, Kalah, Nínive e Dur- Sharrukin.

O «tipo sumério» a cidade templo parece encerrar tradições muito antigas. Sua planta se escreve em um amplo ovalado, rodeado por muralhas provida de torres de defesa e fossos de água. Ruas sinuosas e passagens estreitas atravessam irregularmente os bairros da cidade. A zona N.E. , orientada ao «bom vento» parece ser a área residencial privilegiada, o centro esta constituído por monumentos religiosos e o palácio, cuja organização Ortogonal o faz contrastar com o contorno da cidade. Os edifícios principais estão também orientados segundo os pontos cardinais, mas não estão alinhados uns aos outros. Este princípio aditivo facilita os edifícios que poderão ser adicionados, mas descarta toda ampliação de perspectiva com alinhamentos principais e profundidades. As torres escalonadas dos Zigurats dominam toda a cidade. Ur, capital do império neosumerio baixo da III dinastia, corresponde as cidades ovaladas deste tipo. Sua situação na desembocadura dos rios a transforma em uma importante cidade comercial. O Eufrates e seus canais rodeiam a fortificação urbana cercada por muralhas. Os portos do Norte e Oeste se acomodam por suas condições a exportações e ao comercio interior, cujos nos bairros (5) encontram se grupos de edifícios representativos (1), ordenados regularmente.
E no resto da cidade existe poucas construções importantes: e no limite oriental da fortificação está localizado de Templo de Enki (3) e um baluarte (4), e no porto norte o palácio neobabilonico (2).
O urbanismo dos assírios que persegue uma regularidade mais rigorosa, se baseia na pratica do estado militar. As cidades mais antigas ajustam se quase sempre a topografia. Os edifícios públicos se agrupam regularmente em forma de torres nos limites da cidade em comunicação com as muralhas e o fosso navegável.


***********************************************



Impressionantemente especial é o grupo dos palácios e templos, construído no limite setentrional alto de Assur, em estruturas sobrepostas sucessivamente, mas que ainda apresentam traços arcaicos em seu conjunto de estrutura.
A nova construção de Dur- Sharrukin, Sargón II tenta realizar um projecto ideal para a residência de um imperador. Um rectângulo de 1.700 por 1.800 m de longitude constitui a planta. A localização das portas indica a existência de uma rede de ruas principais (segundo EGLI). Dos grupos compactos de edifícios constituem os pontos excêntricos de importância.

Na fronteira Norte e Oeste encontra se a verdadeira fortaleza de Sargon com seus palácios, templos e zigurat (1). O núcleo principal sobressai a muralha fortificada como um baluarte. De iguais características, mas de menores dimensões é considerado palácio do herdeiro do trono o arsenal(2). Estes dois pontos estratégicos fortificados dominam a cidade e seus arredores, entre ambos dispõem se, distribuídos pela rede de ruas, os bairros de habitação e o mercado (3). A introdução da rua como principio de ordenação cria a possibilidade de um planeamento urbano. O urbanismo babilónico reúne as tradições sumero-acadianas e os princípios assírios. Suas características são as ordens geométricas, a situação central do santuário principal e a posição excêntrica do conjunto real que se encaixa ao modo de baluarte a muralha da cidade e ao fosso navegável. As ruas principais seguem um esquema geométrico, visto que em seu interior os bairros faltam traçados geométricos.



***********************************************


No entanto o conjunto modelizo de Borsipa, a nova construção de Babilonia (Nabucodonozor II), mostram esses elementos básicos. No centro da cidade entre a parte antiga e a nova, se encontra as margens do Eufrates, o santuário principal da Babilónia, o Templo de Marduk (3) com o grande Zigurat, alguns templos isolados, como o famoso de Ishtar (4) que estão divididos pela cidade. O eixo principal da via processional constitui a primeira grande via de prestígio do mundo antigo, com um espaço viário conscientemente organizado e um calculado efeito de monumentalidade (5). No lado Norte o palácio (1) esta escorado como uma fortaleza a muralha, que tem aqui um quíntuplo escalonamento e sentinelas laterais a monumental porta de Ishtar (2). O sistema de construção da muralha da cidade interior reúne todas as experiencias da fortificação assíria babilónica. Outra muralha triangular limita o acesso do povo, ao palácio de verão (6) ao norte, e ao templo do Ano novo (8).
Com 300Km², aproximadamente, babilónia e a superfície urbana amuralhada mais extensa da antiguidade. Seus limites se estendem até Kish e Borsipa com que forma uma região urbana continua.


Os bairros residenciais das cidades mesopotâmicas permanecem durante milénios sem nenhum critério fixo de ordenação. Os assírios são os primeiros que tratam de implantar um sistema de ruas principais. A estrutura interna dos bairros depende das circunstancias das propriedades privadas e de como formam se e modificam se eventualmente mediante aquisições de herança. O traçado arbitrário e a largura variável das ruas com ruas laterais adjacentes seguem sendo típico dos bairros de artesanatos e comerciais no oriente.

A imagem das ruas esta determinada pelos muros desprovidos de janelas das casas de pátio, de uma ou duas plantas, que só se abrem a rua mediante a uma estreita porta. As ruas são estreitas, não estão adaptadas ao tráfego de veículos e raramente estão pavimentadas e providas de uma canalização primitiva.
Se forem comparados os bairros urbanos escavados em Ur e na Babilonia a progressão gradual e observada para uma urbanização mais radical. O bairro de Abraão de Ur data aproximadamente 2000 a.C. na época de Isinlarsa. Terrenos de distintas dimensões mostram se de formas desordenadas. O terreno das casas tem formas rectangulares, de maior e menor largura, os mercados estão alinhados muitas vezes em forma de fazer em ruelas muito estreitas.
Nas esquinas das ruas se instalam pequenos templos ou capelas para sacrifícios e orações aos numerosos deuses menores. Uma curiosa característica dos bairros são as esquinas arredondadas das casas para facilitar o tráfego.
O corte severo de suas construções e a larga recta da via de procissão determinam, provavelmente, o traçado ortogonal das ruas e a divisão relativamente regular. Mas conforme afasta se da rua principal a ordem diminui visivelmente. Os bairros mais afastados seguem o mesmo esquema de Ur.


************************************************

O modelo padrão: a casa de pátio
Na Babilonia algo surpreende mais do que em Ur, a diferença das dimensões das divisões. Existe algumas casas grandes e uma muito grande com vários pátios e muitas habitações. Junto a elas, muro contra muro separam pequenas casas em blocos irregulares. O mesmo ocorre nas cidades assírias. Eles permitem deduzir uma relação de dependência com o proprietário da casa grande, ou seja, um grande numero de escravos dedicados ao cuidado da casa grande e artesanato.
Nos bairros pouco estruturados, a casa de pátio e um elemento essencial e invariável. A transformação de tipos de granjas rurais em vivendas urbanas parece consumada em 2000 a.C. O protótipo totalmente desarrojado encontra se em Ur, no bairro da época de Larsa.
A casa termina na rua, todas as moradias estão voltadas ao pátio interior, através do qual tem acesso. A luz do sol entra pelo pátio que é onde se desenrola o trabalho doméstico e artesanal. Geralmente esta cuidadosamente pavimentado e tem drenagem subterrânea. Em uma época posterior adiciona se frequentemente uma planta superior as casas baixas, a que se acesso por uma galeria que rodeia o pátio. O sistema de comunicação da planta baixa (pátio interior) se adopta também ao segundo nível (galeria coberta)
As habitações rectangulares, quase sempre alargadas, abrem se geralmente pelo centro de seu lado amplo. Quase todos edifícios do Próximo Oriente adoptam esse princípio de espaço transversal.
Na planta baixa encontram se: a habitação do porteiro, as peças de uso domestico com a cozinha e a dispensa, a casa de banho, os cómodos secundários, de frente a entrada, o cómodo principal da casa geralmente e voltado ao «bom vento» (em Ur ao S.O), que serve para receber os convidados para refeições, negociações comerciais e para festa familiares. As salas de estar e dormitórios estão geralmente no piso superior.

Este esquema básico limita as possibilidades de ampliação directa, já que as habitações situadas atrás da que dá ao pátio não recebem luz do dia. Resulta, portanto, em uma combinação decisiva adequada a habitações principais e secundárias. Os exemplos de plantas da Babilónia mostram possibilidades de ampliações. Aqui não se pode comprovar a existência de uma planta alta. O elemento fundamental, o pátio rodeado de edificações, determina a estrutura celular dos edifícios mesopotâmicos. As casas maiores, vilas e palácios, e também muitos edifícios religiosos, são geralmente combinação de vários pátios. O sistema da casa de pátio converte se no principio mas corrente de organização. Os grandes palácios com exemplos confiáveis das possibilidades de ampliação.
Esta forma básica de moradia tem persistido no Oriente até a actualidade. Seu sistema estendeu se alem do Mediterrâneo, ate a Europa nórdica. (Atrio, persistilo, claustro, patios com arcadas).

O palácio residência do soberano e centro de poder politico, era em origem uma vivenda representativa para os anciãos da cidade e sumos-sacerdotes. Segundo cresce a concentração de poder em príncipes individuais, recaem novas funções sobre essa residência, que se converte em um edifício representativo do estado, centro de administração, palácio da justiça e fortaleza. A concequencia e uma ampliação e diferenciações constantes da distribuição espacial.
A célula original, a casa de pátio urbana , continua sendo o elemento principal da planificação. A disposição da planta se baseia na combinação de sistema de patios que se sobrepõe, tendo o conjunto rodeado por um muro defensivo. Cada setor pode desempenhar segundo sua função. Mediante variações nas dimensões e na forma dos patioa e espaçoes interiores , se consegue um carácter intimo, pratico ao representativo. Pode se agrupar diferentes patios formando uma concatenação de espaço cujo efeito pode se ir aumentando a vontade. Esses sistema oferece tambem vantagens militares. O volume do edifício, fechado ao exterior como uma fortaleza, e a possibilidade de bloqueio parcial de pátio a pátio, permite uma defesa prolongada.

Torre de Babel

Segundo o Gênesis, seria Nimrod ou Ninrode (Ninus), filho de Cus, que teria mandado construir a Torre-templo de Babel. Alguns acreditam que tenha sido Cus quem iniciou a sua construção. Após isso, seu filho Nimrod, teria continuado a urbanização do local, dando origem à futura cidade de Babilônia.
Amar-Sin (2046-2037 a.C.), terceiro monarca da Terceira dinastia de Ur, tentou construir um zigurate em Eriduque nunca foi terminado. Tem sido sugerido que Eridu seria o local onde teria estado a torre de Babel, e que a história teria sido mudada mais tarde para a Babilónia Enmerkar (i.e. Enmer o Caçador) rei de Uruk, sugerido por alguns como sendo o modelo para Nimrod, foi também um constructor do templo de Eridu.


"A Torre de Babel" (1563) de Pieter Bruegel, o Velho