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terça-feira, 27 de maio de 2014

 O  GRITO
EDVARD  MUNCH

Edvard Munch - O Grito
 Óleo, têmpera e pastel em cartão, 91 x 73,5 cm

O Grito (no original Skrik) é uma série de quatro pinturas do artista norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao pôr-do-sol. O quadro O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista.  
Interpretação do quadro
Vemos ao fundo um céu de cores quentes, em oposição ao rio em azul, cor fria, que sobe acima do horizonte, característica do expressionismo (onde o que interessa para o artista é a expressão de suas ideias e não um retrato da realidade). Vemos que a figura humana também está em cores frias, como a cor da angústia e da dor, sem cabelo para demonstrar um estado de saúde precário. Os elementos descritos estão tortos, como se reproduzindo o grito dado pela figura, como se entortando com o berro, algo que reproduza as ondas sonoras. Quase tudo está torto, menos a ponte e as duas figuras que estão no canto esquerdo. Tudo que se abalou com o grito e com a cena presenciada está torto; quem não se abalou (supostamente seus amigos) e a ponte, que é de concreto e não é "natural" como os outros elementos, continua reto.
A dor do grito está presente não só no personagem, mas também no fundo, o que destaca que a vida para quem sofre não é como as outras pessoas a enxergam, a paisagem fica dolorosa também, e talvez por essa característica do quadro é que nos identificamos tanto com ele e podemos sentir a dor e o grito dado pelo personagem. Inserindo-se o observador no quadro, ele passa a ver o mundo torto, disforme, e isso afeta diretamente a participação do mesmo na obra, de forma quase interativa.


Os Roubos
A 12 de fevereiro de 1994, O Grito da Galeria Nacional de Oslo foi roubado em pleno dia, por um grupo de ladrões.  Três meses depois, os assaltantes enviaram um pedido de resgate ao governo norueguês, exigindo um milhão de dólares americanos. As entidades norueguesas recusaram a exigência e, pouco depois, a 7 de maio, o quadro foi recuperado numa ação conjunta da polícia local com a Scotland Yard.
A 22 de agosto de 2004, a versão exposta no Munch Museum foi roubada num assalto à mão armada, que levou também a Madonna do mesmo autor. O Museu ficou à espera de um pedido de resgate, que nunca chegou. A polícia norueguesa anunciou ter reencontrado os quadros a 31 de agosto de 2006.
Em dezembro de 2006, os danos causados aos quadros pelos ladrões foram qualificados como "irreparáveis" por especialistas em pinturas do Museu Munch. As pequenas manchas produzidas pela umidade são vistas pelos peritos como um problema sem solução, enquanto uma série de fendas e buracos causados por queimaduras de cigarro, exige trabalhos de restauro extremamente complicados e difíceis.

O quadro O Grito, de Edvard Munch, sendo apresentado para ser leiloado na
Sotheby's, Nova York, em 2 de maio de 2012
Leilão
Munch pintou ao longo de décadas quatro versões de O Grito. Três delas estão em museus na Noruega, enquanto a quarta, de 1895,  estava nas mãos de Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e patrono de Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.
Nesta versão de 1895 as cores são mais fortes do que nas outras três versões e é a única em que a moldura foi pintada pelo artista com o poema que descreve uma caminhada ao pôr-do-sol que inspirou a pintura. Outra particularidade única desta versão é que uma das figuras que está em segundo plano olha para baixo, para a cidade.
Em 2 de Maio de 2012 essa versão foi vendida pelo preço recorde de 119,9 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros), na Sotheby's, New York, tornando-se a obra mais cara vendida em leilão, superando o quadro de Pablo Picasso, até então recordista, Nu, Folhas e Busto, que em maio de 2010 foi leiloado por 106,5 milhões de dólares (81 milhões de euros).



Poema

“O Grito”
‘Estava andando pela estrada com dois amigos
O sol se pondo com um céu vermelho sangue
Senti uma brisa de melancolia e parei
Paralisado, morto de cansaço…
… meus amigos continuaram andando - eu continuei parado
tremendo de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza’
 Edvard Munch



Edvard Munch - Self-portrait
Edvard Munch (1863-1944)

 Pintor e gravador norueguês. Sua infância foi marcada pela tragédia com a morte precoce da mãe e da irmã mais velha pela tuberculose. A irmã menor sofria de doença mental e seu pai, médico militar, era um religioso fanático e tinha uma difícil relação com o filho artista. Em virtude dos parcos soldos recebidos por seu pai Christian, a família vivia em extrema dificuldade financeira.
Frequentou a "Escola de Artes e Ofícios" de Oslo. Sofreu influência de Courbet e Manet. Seus temas prediletos e recorrentes foram a doença e a morte. Ganhou uma bolsa de estudos e foi estudar em Paris, onde conheceu as obras de Van Gogh, Gauguin e Toulouse-Lautrec que influenciaram seu estilo e pensamento.
Morou em Berlim, Florença e Roma. Na Itália seu interesse maior foi Rafael. Depois de dezoito anos, voltou para a Noruega. Já adulto, tinha comportamento estranho, tendo sido classificado como distúrbio bipolar.
Aos trinta anos, pintou seu trabalho mais conhecidoO Grito, obra representativa do Expressionismo alemão. Depois de vários roubos, o Museu passou a proteger a tela com um vidro. Após sua morte, foi criado o Museu Munch com obras deixadas por ele em seu testamento.  
Créditos
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edvard_Munch
http://www.pitoresco.com/universal/munch/munch.htm

http://arteseanp.blogspot.com.br/2012/01/edvard-munch-tragedia-doenca-e-morte-na.html


O Vale do Anhangabaú, uma região do centro da cidade de São Paulo. É um espaço público caracterizado como praça, onde tradicionalmente organizam-se manifestações públicas, comícios políticos, apresentações e espetáculos populares. Atualmente, define-se como uma extensa laje — configurada como calçadão — sobre um entroncamento rodoviário, possuindo papel importante na circulação de pedestres do centro da cidade. O espaço também se interliga a outras praças da área central, como a Praça Ramos de Azevedo, justaposta ao Vale, ao Largo de São Bento, por meio das escadarias do Metrô e à Praça da Bandeira, atualmente ocupada por um terminal de ônibus. A intervenção devolveu ao pedestre o usufruto do vasto Centro de São Paulo. Com jardins, obras de arte e três chafarizes, o Vale do Anhangabaú é hoje um cartão postal do Centro de São Paulo.
O projeto para a praça se configura como em um marco importante por está localizada em um local estratégico, se constitui em espaço de ficar e de passagem. A possibilidade de abrigar eventos diversificados muitas vezes como formas de manifestações, pois se trata de um local completamente aberto ao público. De fácil acesso pelo metrô, o vale do Anhangabaú é um ponto de lazer, esporte e entretenimento aberto a todos. 

Figura 1 – Inserção Urbana do Vale




Figura 2 – Vista da praça em dia de eventos




Figura 3 – Vista da praça em dia de eventos




Ficha Técnica:
Projeto: Vale do Anhangabaú 
Autor: Jorge Wilheim, Rosa Kliass e Jamil Kfoury
Local: São Paulo / SP
Data: Projeto refeito entre 1981 e 1992 

segunda-feira, 26 de maio de 2014



“A escrita cênica não é apenas um adjunto, um ponto de apoio,

não se limita a um dado visual, é verbo, é conceito.”

(CRISTIANO CEZARINO RODRIGUES)



A cenografia contemporânea ultrapassou os limites do caixa cênica italiana e desenvolveu uma relação intrínseca com a arquitetura teatral. Novos processos se iniciam a partir do século XX e discussões acerca dos limites impostos pela rigidez do palco italiano e da relação passiva entre cena e público fazem eclodir os limites da caixa preta, do próprio teatro e do tempo à medida que espaços outros começam a ser utilizados em encenações teatrais contemporâneas.

O que dá norte a essa expansão do lugar teatral é a pesquisa por novas formas de percepção do espetáculo pelo ator que encena e também pelo espectador que ultrapassam o limite do texto e se incorporam ao espaço e as sensações produzidas a partir dele, ou seja, os processos de recepção se darão de maneira muito mais ampla e incorporarão uma série de signos escondidos pela estaticidade e pelo ilusionismo do palco italiano. Uma questão importante quando se sai do edifício teatral institucionalizado é a utilização da carga semântica do espaço dentro do contexto do espetáculo e a partir daí a ressignificação do próprio espaço a partir do espetáculo, ou seja, a arquitetura deixa de ser passiva, deixa a posição de abrigo para se transformar em elemento particular e ativo da encenação.

É dentro desse contexto que o grupo paulista Teatro da Vertigem faz suas experiências desde meados da década de 90, saindo do campo pictórico e caminhando ao campo espacial. As características dos espaços cênicos utilizados estão completamente ligadas ao eixo conceitual e a teatralidade do grupo.

A primeira peça da Trilogia Bíblica, O Paraíso Perdido (1992) teve como “locação” a Igreja de Santa Ifigênia no centro da cidade de São Paulo, segundo Cristiano Cezarino Rodrigues em sua tese “O Espaço do Jogo: espaço cênico teatro contemporâneo”:



“A peça fala de Deus, de queda, do sentimento de perda

 do Paraíso, constitui-se em uma espécie de relato,

de (re)vivência do mito da queda e do sentimento de

 nostalgia de um outro tempo, de harmonias mais plenas.

 Em Paraíso Perdido, o Vertigem busca oferecer um momento,

 fundado em uma temporalidade outra, em que o espectador

 vivencie uma experiência concreta, material, de

 reencantamento com o mundo, qualquer que seja seu grau de fé;

 além disso, a peça fala sobre a religação com o

 sagrado – um tempo mítico, e simultaneamente mundano

é trabalhado pela encenação. A inscrição do homem no profano e sua

consciência  do sagrado são, permanentemente, apresentadas

durante o percurso de um dos personagens, o Anjo Caído,

apontando para a idéia de que a consciência da queda é o caminho

 para a própria redenção.”




                                              O Paraíso Perdido – Teatro da Vertigem




                                              O Paraíso Perdido – Teatro da Vertigem



                                                     O Paraíso Perdido – Teatro da Vertigem

                                              

                                              O Paraíso Perdido – Teatro da Vertigem


                                
                                         O Paraíso Perdido – Teatro da Vertigem



 
Referências:

RODRIGUES, C. C.. O espaço do jogo: espaço cênico teatro contemporâneo. Ano de Obtenção: 2008.
 
RODRIGUES, C. C.. Teatro da Vertigem e a cenografia do campo expandido. Arquitextos (São Paulo. Online), v. 092, p. 092.03, 2008.
 
LIMA, E. F. W. .Espaço e teatro: do edifício teatral a cidade como palco, Rio de Janeiro: Sete Letras, FAPERJ, 2008.

Imagens retiradas do site: www.teatrodavertigem.com.br  
 

 
Site muito BOM!!!!!!!


http://cidadesparapessoas.com/

COMODISMO OU FUTURISMO

Passarela com esteiras rolantes do Shopping Mueller, Curitiba

Adolfo Sakaguti



A cidade de Curitiba ao longo da história sempre buscou ser pioneira no quesito inovação e emprego de tecnologias, no local onde foi fundada em 1878 a primeira indústria metalúrgica do Paraná e posteriormente se transformando no primeiro centro de compras do estado em 1983, recebeu um elemento que pode ser considerado um tanto quanto polêmico, trata-se da primeira passarela suspensa com esteiras rolantes construída no país, inaugurada em 2003, um elemento futurista a compor a arquitetura do Shopping Center Mueller, em Curitiba.


           O corpo da passarela, um tubo metálico de 61 metros de extensão, ganhou estrutura metálica sustentada por três pilares

Implantada sobre a rua Mateus Leme, a passarela com estrutura metálica e vista panorâmica está suspensa a 8,50 metros do nível da rua.






Localizada a uma quadra do centro histórico de Curitiba, a área do shopping é patrimônio tombado na categoria unidades de interesse de preservação (UIPs) da cidade. Para as UIPs, monitoradas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), são prescritas algumas regras de restauro, e uma delas é que as interferências construtivas não imitem a arquitetura do prédio, devendo haver contraposição arquitetônica.

Apesar dos pesares é importante destacar que além da estética outros questões foram levadas em consideração como conforto térmico, comodidade para atravessar em esteiras importadas da Áustria e os fechamentos em vidro e painéis em alumínio composto, agradando a todos os  gostos, e se encaixando no conceito hi-tech.

Ficha Técnica

Obra:
passarela do Shopping Center Mueller
Cliente:
Companhia Brasileira de Shopping Centers (Combrashop) 
Local:
Curitiba, PR
Projeto:
2001
Conclusão da obra: 2003
Área do terreno:
6 734,96 m2 
Área construída:
22 864,17 m2 (passarela + prédio de estacionamento)
Arquitetura: 
Adolfo Sakaguti 
Colaboradores:
Celso Yabiku e Alexandre Cirino Santos 
Construção:
Itaenge Construções Civis 
Fechamento de vidro da passarela:
Santa Marina Vitrage (consultoria e instalação)
Fachada do edifício-garagem:
Serralheria Maringá (fabricação e montagem)
Estrutura metálica: Andrade & Rezende (projeto),
construtora Roca (fabricação e montagem)
Painéis de alumínio composto:
Planger Revestimentos (projeto e instalação)
Fotos:
Carlos Gueller
 
Referencia:


Muitos pensam que a arborização urbana é algo aleatório, que é apenas uma questão estética, e que gera problema com a fiação elétrica e gastos com limpeza. Mas muitos não sabem os reais benefícios que uma arborização urbana pode trazer, entre eles:

Purificação do ar: pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos.
Melhoria do microclima da cidade, pela retenção de umidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas.
Redução na velocidade do vento.
Influência no balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e provocando evapo-transpiração mais lenta;
abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, consequentemente influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças.
Amortecimento de ruídos.
Embelezamento da cidade e consequentemente valorização dos imóveis.
Melhoria na saúde. Melhora a saúde da pele pela menor irradiação , diminui as doenças respiratórias e contribui para a saúde mental já que são menos vulneráveis a ter ansiedade e depressão além de ser mais propensas a fazerem atividades físicas


Devemos tomar cidades como Belo Horizonte de referencia. Hoje a capital mineira é a capital como maior numero de arvores nas calçadas, como mostra estudo do IBGE.