Translate

segunda-feira, 21 de julho de 2014


O ATO ARQUITETÔNICO/ IGOR FRANCALOSSI E 
RUTH VERDE


© Archivo Histórico José Vial Armstrong
«Falamos ainda do ‘nascer’ e do ‘pôr’ do sol. Fazemo-lo como se o modelo copernicano do sistema solar não houvesse substituído irreversivelmente o ptolomaico. Metáforas vazias, figuras erodidas de discurso, habitam nosso vocabulário e gramática. Elas são pegas, tenazmente, nas andaimadas e recônditos de nossa fala comum. Lá elas vagam como velhos trapos ou fantasmas de desvão.»
Assim George Steiner começa seu livro Presenças Reais: falamos ainda do pôr-do-sol. Que paradoxo este entre o saber e o querer, entre conhecimento e vontade, entre verdade e beleza. Não nos interessa o porquê de que seguimos falando do pôr-do-sol, senão o fato de que seguimos falando. Sim, seguimos falando, todos os dias. Ainda. E, sim, seguimos sabendo que o sol é imóvel e é o centro do sistema solar. Um não altera o outro. Eis o paradoxo. Que a certeza de um não supere a beleza do outro nos parece o ponto. Que o objetivo e absoluto de um não negue o subjetivo e o relativo do outro nos abre as portas para escrever este ensaio.
Triada
A tríada arquitetônica
Distinções
Neste escrito foram utilizados termos terminados por –ção para reforçar o caráter de ação de cada um deles. Eles são os termos fundamentais e que tem por si mesmos e em conjunto a condição de hipóteses. Para precisar cada termo, se faz uso da lógica linguística, mais que de definições de dicionário. Mas também buscamos evitar e superar as banalizações e derivações, digamos, invertidas, para assim voltar ao uso de termos que conservam de fato seu caráter essencial. Para cada termo se designará uma letra maiúscula, que serão retomadas ao longo do escrito. Concepción (C) é a ação de conceber ou produzir conceitos (C’); conceitos em quanto ideias, imagens mentais inacessíveis.Projeção (P), por sua vez, é a ação de projetar ou elaborar um projeto (P’). Utiliza-se o termo projeção, e não projetação, deliberadamente. Projetação é um termo derivado inversamente de projetoprojeto tomado em quanto fato ou produto do labor do arquiteto, no sentido de que um vaso é o produto do oleiro. Projetação produz a conotação ou indica mais acertadamente a ação de fazer um projeto, não a ação de projetar; um projetodespojado de sua condição projetiva, isto é, como algo que não projeta para mais além. Ao contrário, o termo, original, projeção conserva esta condição: ainda indica a ação de lançar para além, e não de produzir algo. Logo, se utiliza o termo original que denota movimento e tempo, projeção, e não o termo derivado que denota estática e espaço, projetação. No entanto, o termo projeto (P´) é utilizado carregado por ambas condições: o movimento e o fato, ou se poderia dizer que o projeto é um fato em movimento. Edificação (E) é utilizada em quanto a ação de edificar ou de materializar um edifícioedifício em quanto produto material de um labor construtivo num sitio determinado. Não é utilizado em seu lugar o termo construção, pelo motivo que indica a criação de um constructo, que é um termo mais universal e que, portanto, se adequa a mais ofícios e âmbitos, podendo ser material ou não. Utilizam-se duas adjetivações do termo edifício: o edifício imaginário (I) e o edifício real (R). O edifício imaginário (I) é aquele que se produz através da concepção (C); para isso também se utilizará, embora em poucas ocasiões, o termo edificação imaginária ouedificação virtual. O edifício real (R) é aquele que se produz pelo labor construtivo material, a edificação (E), o mero edifício definido anteriormente. Retração (T) é utilizada em quanto a ação de trazer novamente ou de elaborar um retrato (T’); retrato em quanto o produto gráfico da tradução mimética de uma imagem vista ou imaginada, tendo portanto o caráter de representação. Ademais, utiliza-se retração (T) como ação oposta à projeção (P), e em consequência, retrato (T’) como oposto a projeto (P’). Não se utiliza o termo retratação pelo mesmo motivo dado à projetação.
Esquemaobra1
O ato arquitetônico, esquema inicial
O ato arquitetônico[1]
Aqui descreveremos exploratoriamente o ato empreendido pelo arquiteto com o propósito de materializar um edifício. Utilizaremos como ponto de partida o caso hipotético relatado no frontispício deste ensaio (ler A Obra). Temos claro que não se trata do caso normal, este sendo aquele onde o corte entre o âmbito da projeção e o âmbito da edificação é sobressaliente, sendo o arquiteto o encarregado pela concepção e projeção, mas não diretamente pela edificação. Nesse sentido, o caso hipotético é um caso excepcional. Não trataremos de casos parciais, onde o edifício não se materializa, ou onde não há projeção, por exemplo, O ato arquitetônico é o conjunto de ações entrelaçadas no tempo e no espaço empreendidas pelo arquiteto e que determinam a obra de arquitetura.
Assim temos que C + P + E → O
Antes que se inicie qualquer movimento e se gaste qualquer energia em busca de forma, um catalizador (Z) é necessário. Sem ele, não se ativa a reação interna do arquiteto. Sim, uma reação interna ao arquiteto, individual, única, incomensurável. O catalizador não é mais que uma mera vontade: uma decisão, desde a qual não se pode voltar atrás, que determina um ponto inicial preciso. Quero uma casa, dizem ao arquiteto. Farei uma casa, se diz o próprio arquiteto. Diz-se, porém também escuta a si mesmo como se fosse outro. Tal é a sutileza de falar a si mesmo ou ler em voz alta: fala-se e escuta-se, duas ações simultâneas, dois sujeitos. Escuta-se como uma ordem, e a aceita como verdade. A decisão torna-se necessidade, necessidade de algo: uma casa. Algo preciso, e ao mesmo tempo tão genérico. O som casa interpela o arquiteto, que se infla de vontade. Seus instintos são atacados e se exaltam. A onda sonora casa ativa o que lhe é mais natural. Aqui tem lugar o início da reação que lhe levará por uma longa busca por forma. Obviamente a reação só ocorre quando o arquiteto carrega a capacidade da arquitetura. Em outros casos, será como por a nona sinfonia de Beethoven a uma pessoa que gosta de techno. Ou seja, no arquiteto devem existir os reativos (A) em estado latente, à espera do catalizador que vai ativá-los.
Assim temos que A + Z → C + P + E → O
1 Concepção
O catalizador da reação –a vontade, a decisão, o pedido, a ordem, a alucinação– instala o gérmen de conceito que se instala na mente do arquiteto. O som casa é esse gérmen. Interpela o conceito de casa já formado na mente do arquiteto. Isso é a ativação Z + A, quando a função tempo é igual a 0. E sua primeira fase é a concepção. Não pode ser outra. A não ser que o arquiteto tenha o despropósito e a inocência de uma criança, que é um ente meramente ativo, e ainda não reflexivo. O arquiteto reflete; reflete tão logo escutacasa. Então vem uma primeira imagem, uma primeira forma. Esta ainda não é o esboço do edifício ao qual se propõe, senão sua forma universal; no exemplo: a forma de casa, que somente depois começará a ser transformada, recriada, subvertida, negada, etc. A concepção detém também seu âmbito menos formal, quase aformal, aquele desde onde surge o pensamento reflexivo sobre uma condição, ação ou circunstância. Por exemplo, a reflexão sobre a condição e a ação de habitar, que irão interferir no desenvolvimento da projeção e edificação. A esse âmbito é o que chamaremos de concepção, enquanto que seu âmbito formal chamaremos de edificação virtual ou imaginária.
Assim temos que quando t = 1, Z + A → C. E quando t = 2, C → E | E ⊂ C
O edifício imaginário surge da edificação virtual, que se desenvolve em dois frentes: um construtivo-material e outro plástico-formal, embora ambos operem em base a imagens. Porém o primeiro frente da conta de uma previsão da faina mesma da edificação, enquanto o segundo é em grande medida independente dela, estando vinculada à geometria. O edifício imaginário deve surgir de uma conjunção de ambos os frentes em proporções diferentes.
Assim temos que quando t = 3, E → I | I ⊂ E
Não obstante, o sistema é dinâmico. A edificação virtual surgida da concepção prontamente começa a retroalimentá-la, e logo a alimentar o surgimento do edifício imaginário, que tão prontamente retroalimentará a edificação ao mesmo tempo que a própria concepção.
Assim temos que C ↔ E ↔ I ↔ C
Logo o edifício imaginário começa a crescer em importância dentro da concepção, criando certa independência tanto dela quando da edificação virtual. Em outras palavras, o edifício imaginário começa a cobrar razão de ser; já possui alguma formação.
Assim temos que quando t = 4, o sistema universo U = I ∪ C | C ⊃ E
Ato-arquitetonico-1
O ato arquitetônico, parte 1
2 Projeção
Há quatro frentes desde os quais surge a projeção.
Possibilidade 1: a projeção surge de uma tradução mimética do edifício imaginário, isto é, a tradução de uma imagem mental a uma imagem real. É uma operação formal que se desenvolve num contexto de totalidade a partir do frente plástico-formal da edificação.
Trato de copiar o edifício em minha mente.
Possibilidade 2: a projeção surge do desenvolvimento de um método/etapa/fragmento/detalhe da edificação virtual. É uma operação formal mas que surge de um contexto de parcialidade a partir do frente construtivo-material da edificação.
Trato de precisar um método.
Possibilidade 3: a projeção surge de uma tradução indireta da concepção; a tradução de uma ideia, contida no âmbito aformal da concepção, a uma imagem formal. Surge a partir de um contexto de totalidade.
Trato de compatibilizar uma forma a um conceito/ideia.
Possibilidade 4: a projeção surge do projetar mesmo, do traçar linhas. É a criação de imagens. Surge; sem uma origem determinada.
Trato de desenhar despreocupadamente.
Os quatros frentes irão em seguida hipertrofiar e se interceptar entre eles, para logo se tornar uma única ação projetiva. A projeção é então o resultado de quatro frentes simultâneos: um mimético-formal, um construtivo-material, um conceitual, e um poético-formal, respectivamente.
Assim temos que quando t = 5, U = (C | C ⊃ P3, (C ⊃ E | E ⊃ P2)) ∪ (I | I ⊃ P1) ∪ P4
E quando t = 6, (P1 ∪ P2 ∪ P3 ∪ P4) → P ∴ U = (C | C ⊃ E) ∪ I ∪ P
A projeção, desde seus frentes originários, começa a retroalimentar cada ação que lhe deu origem. No entanto, a existência semi-independente do edifício imaginário produz um diálogo-contraste mais direto e mais forte entre essas duas instâncias em relação às demais, que começam a hipotrofiar, enquanto aquelas hipertrofiam; o edifício imaginário primeiramente. Ele é, nesse momento, o guia da projeção, a qual lhe é submissa. O arquiteto é aí um tradutor desesperado. É justamente quando o edifício imaginário começa a hipertrofiar e ganhar cada vez mais independência, e portanto forma, que a projeção perde aparentemente seu caráter projetivo. Em outros palavras, é nesse momento quando a projeção se torna retração, e o projeto, um retrato; a fase de inconsciência do arquiteto: vê o projeto como produto, e não como processo. Este é o caso normal do labor do arquiteto, que então deixa de ser um projetor para se tornar um retrator, e assim sendo, não seria tão banal dizer um retratista.
Assim temos que quando t = 7, I → P | P ≈ T
A hipertrofia máxima do edifício imaginário coincide com a ciência da impossibilidade do retrato fiel daquele edifício imaginário, o que leva em seguida ao recobro da ciência da condição projetiva do projeto, ou, nos casos pouco afortunados, da desistência do impossível retrato preciso, em prol de um possível retrato impreciso.
Assim temos que quando t = 8, P ≉ T ∴ P → I
Ato-arquitetonico-2
O ato arquitetônico, parte 2
3 Edificação
Concepção, projeção, edificação e edifício imaginário seguem se retroalimentando entre eles levando à hipertrofia da edificação virtual. O auge dessa fase é a irrupção da edificação real propriamente dita, e com ela sua independência parcial da concepção e projeção. Faz-se patente, então, a sequência cronológica concepção-projeção-edificação. Somente em raras exceções, das quais não temos notícias, a edificação é anterior à projeção. A edificação refere-se ao início da materialização do edifício real num sítio determinado. O irremediável avanço da edificação, e em consequência a germinação de um edifício real, leva a hipotrofia do edifício imaginário, que diminui até voltar a fazer parte do interior da concepção. A edificação toma o mando do sistema. Concepção e projeção agora a alimentam, embora sigam sendo retroalimentadas por aquela. No caso do relato hipotético (A Obra), aqui se inicia o momento de maior conjunção entre as três ações: é quando as três ações adquirem cada uma o caráter de todas, abrindo a possibilidade de que a edificação conceba e projete, que a projeção edifique e conceba, e que a concepção edifique e projete. Sendo que o caráter fundamental adquirido por elas é o da projeção: cada ação lança às seguintes. O sistema se torna finalmente uma tríada dinâmica indissolúvel.
Assim temos que quando t = 8, (C ∪ P ∪ I) → E ∴ U = (C ∪ P ∪ I ∪ E)
E quando t = 9, I ⊂ C ∴ U = C ∪ P ∪ E
É quando o edifício imaginário alcança sua importância mínima que se produz sua metamorfose e a irrupção do edifício real, desde a interseção entre concepção, projeção e edificação. No entanto, nos casos normais, quando o projeto adquire a condição de retrato, o edifício imaginário persiste em sua existência, o que leva à deformações tanto do projeto quando do edifício real por motivo da constante disputa comparativa entre eles. Nesses casos, não se produz uma tríada dinâmica, senão um trio inter-competitivo.
Logo, quando t = 10 temos que I ≈ R | (C ∩ P ∩ E) → R
O edifício real, surgido da interseção entre as três ações fundamentais, se hipertrofia unindo as três. A edificação hipotrofia de tal modo que se torna parte do edifício real. Concepção e projeção mantêm sua independência parcial.
Assim temos que quando t = 11, E ⊃ R
Chegado a esse ponto, o edifício real está próximo da sua consolidação e a faina do arquiteto próxima a seu fim. Com a preponderância do edifício real, como o primeiro produto a se revelar definitivamente no sistema, projeção e concepção iniciam sua divisão, decantação e independência do edifício real. Estando ainda unidas dinamicamente, projeção e concepção atraem em seu movimento centrífugo parte das demais ações. Esse movimento produz uma tripartição de cada uma das três ações, que passam a configurar três tríadas idênticas. O núcleo independente da projeção dá lugar ao projeto. O núcleo independente da concepção dá lugar aos conceitos. A divisão e decantação do projeto e conceitos coincide com a formação do edifício.
Assim temos que quando t = 12, C → C’ | C’ ⊂ (C ∪ P ∪ E), P → P’ | P’⊂ (C ∪ P ∪ E)
Cria-se então, uma nova tríada formada pelos três produtos do ato arquitetônico: o edifício, o projeto e os conceitos, cujos núcleos são formados cada um pela mesma tríada de ações: a edificação, a projeção e a concepção. Cada produto, então, conserva a presença de cada uma das três ações que o geraram. Em outras palavras, através de cada produto é possível entrever cada uma das três ações.
Finalmente temos que quando t = 13, U = (R ∪ P’∪ C’) | R ⊂ (C ∪ P ∪ E), P’⊂ (C ∪ P ∪ E), C’⊂ (C ∪ P ∪ E)
Ato-arquitetonico-3
O ato arquitetônico, parte 3
Esquemaobra2
O ato arquitetônico, esquema final
Notas
[1] Ato arquitetônico é um termo tomado emprestado de Juan Borchers e Alberto Cruz, arquitetos chilenos que iniciaram sua atuação teórica e prática nos anos 50, embora utilizassem o termo para fins distintos e com significados distintos, inclusive entre eles.
Referencia: Igor Fracalossi e Ruth Verde Zein, La Paradoja de la Puesta del Sol: una Inútil Aproximación a la Obra de Arquitectura (extrato: parte 2 de 3), Atas Digitais do I International Conference on Architectural Design & Criticism, Critic|All Press, Madri, 2014, pp. 442-448 (pp. 443-446).
* Leia a primeira parte do ensaio: A Obra.
Cita:Igor Fracalossi. "O Ato Arquitetônico / Igor Fracalossi e Ruth Verde Zein" 27 Jun 2014. ArchDaily. Accessed21 Jul 2014. <http://www.archdaily.com.br/br/623159/o-ato-arquitetonico-igor-fracalossi-e-ruth-verde-zein>

quinta-feira, 17 de julho de 2014

REVELAÇÃO OCULTA

Grande Mistério da Morte do Ex Presidente.


Por que John Kennedy foi assassinado ?

jfk president - Priscila e Maxwell Palheta
Imagens do Google

O presidente John F. Kennedy teria denunciado abertamente as sociedades secretas que dominavam e manipulavam secretamente o governo na época, ele mostrou de forma honrosa ser totalmente contra essas sociedades e disse que iria fazer o que pudesse para proteger o povo americano, mas misteriosamente depois de mostrar ser contra os planos dessas sociedades ele foi morto.

bullet trajectory jfk - Priscila e Maxwell Palheta

Imagens do Google

Lee Harvey Oswald é o nome por trás da morte de John F. Kennedy, assassinado a tiros, em 22 de novembro de 1963, enquanto passeava de carro com a sua esposa, Jacqueline Kennedy. Mas há quem diga que Oswald agiu a mando de "grandões" do próprio governo dos EUA, uma vez que John Kennedy era contra a Guerra do Vietnã e pretendia retirar as tropas norte-americanas do país asiático. Segundo os conspiradores, essa decisão de Kennedy ia de encontro à posição de pessoas influentes do governo dos EUA, o que acabou sendo fatal para o presidente. O mais intrigante de tudo é que Lee Oswald apareceu morto dois dias depois do assassinato de Kennedy. Seria uma queima de arquivo?



Imagens do Google

Discursando na Universidade de Columbia, em 1963, o presidente John Kennedy declarou em tom de denúncia:
“O alto posto de presidente tem sido usado para alimentar um plano para destruir a liberdade do EUA e, antes que eu deixe o cargo, tenho que colocar os cidadãos a par da situação”. Oito dias depois dessa denúncia, o presidente John Kennedy foi obrigado a assinar a Ordem Executiva 11490. Dois dias depois de assinar a Ordem executiva 11490, o presidente John Kennedy foi assassinado. Cinco anos mais tarde, quando disputava a eleição para a presidência dos EUA, seu irmão, Bob Kennedy, foi igualmente assassinado.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. Ainda mais quando lembramos que em 1962, um ano antes do assassinato do presidente, a amante de Kennedy, a atriz Marilyn Monroe, morreu em condições sombrias, vitimada pela ingestão de calmantes.


Rumo à morte: Um minuto depois que esta foto foi tirada, a bala do fuzil de Oswald explodiria o cérebro de Kennedy

Imagens do Google
Além disso, em 1969, um ano após a assassinato do senador Bob Kennedy, seu irmão, o senador Edward Kennedy, que se preparava para concorrer à presidência foi vítima de um acidente de carro no qual morreu sua secretária particular. Tendo sobrevivido ao acidente, Ted Kennedy viu-se forçado a assumir a culpa por imperícia ao volante, o que resultou na sua desistência de concorrer às eleições presidenciais.
Após a morte do presidente Kennedy, sua viúva Jackie, apavorada pela tragédia que se abateu sobre sua vida, temendo pela sua segurança e de seus filhos ainda pequenos, procurou refúgio junto ao armador grego Aristóteles Onassis, um dos homens mais ricos do mundo.

Disposta a sobreviver à trama que havia tirado a vida de John Kennedy e Bob Kennedy, Jackie casou-se com o milionário e partiu para o exílio nas ilhas gregas até que o caso caísse no esquecimento.

De acordo com o filme JFK A Pergunta Que Não Quer Calar (1991) , de Oliver Stone, a morte do presidente Kennedy foi arquitetada por uma grande conspiração que envolvia até Fidel Castro. Além de Richard Nixon, Maçonaria, Illuminati, CIA, KGB e muita gente mais. Terá sido esta a explicação verdadeira da morte de John Kennedy? Ou Stone não passa de mais um conspirólogo bem sucedido? Uma coisa é certa, ninguém teve coragem de contestar sua tese. Nem a favor, nem contra. O filme acabou sendo sucesso de bilheteira na época.


A verdade concluída é que, John Kennedy foi assassinado por integrantes dos Illuminati ? Pois tentou revelar o segredo tão bem guardado por eles, uma conspiração que ultrapassa fronteiras e visa o controle do mundo como limite, John Kennedy revelou também que a escolha da presidência era uma farsa, na verdade eles eram auto-eleitos por membros da própria política americana.



Imagens do Google

Supostamente de acordo com teorias da conspiração não somente Kennedy foi calado, muitos outros também como, o rapper Tupac fez o mesmo e foi morto, Michael Jackson também foi calado, a Princesa Diana, muitos outros e qualquer um que tentar revelar tal conspiração é morto.

"Se as pessoas algum dia descobrissem o que nós já fizemos, nós seríamos perseguidos pelas ruas e linchados." - George Bush pai.

"Estamos à beira de uma transformação global. Tudo o que é necessário é a grande crise certa e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial." -David Rockefeller no Conselho do Comércio das Nações Unidas a 23 de Setembro de 1994.

Fonte: http://www.priscilaemaxwellpalheta.com/2013_02_01_archive.html





Com ou sem a crise, a pergunta é inevitável para os arquitetos: "E depois do diploma, o que fazer?". Dominado por esta dúvida existencial, faz dois anos que o recém titulado arquiteto espanhol Pedro Hernández resumiu o futuro de seus colegas em três possibilidades: conseguir uma bolsa, migrar para outras bolhas imobiliárias ou se reinventar. E à milhares de quilômetros no hemisfério sul, a multifacetada arquiteta chilena Valentina Rozas confessava numa entrevista que "existem coisas que me interessam, vou até elas e elas não funcionam. Parte das oportunidades que tenho agora é poder fracassar. Acredito que temos que nos dar este espaço para podermos fracassar ou renunciar".
Concentramos neste último na continuação.
Há alguns anos, circulam três cifras conjugadas que causam preocupação entre arquitetos e estudantes do chile: anualmente, 48 escolas de arquitetura matriculam 3.500 estudantes e conferem o título à 1.400 colegas, num mercado totalmente saturado. O futuro é obscuro, as práticas profissionais deprimem os que já têm título, todos conhecemos bem esses escritórios exploradores que não apenas contratam seus empregados (nem contam com seguro saúde) mas também os faz trabalhar muito mais do que o estipulado e com salários ínfimos para uma classe que já viu dias melhores. Ainda sim, abordar destes temas relacionados à remuneração ou de figuras em específico na universidade é considerado tabu. 'Estudantes! Que o dinheiro não prejudique a beleza da disciplina!' é o que te dizem. E claro, não apenas a prejudica, mas chegamos ao ponto em que muitos nem sequer sabem quanto cobrar por uma planta, muito menos por um projeto.
Na Espanha, a conhecida geração "millennials" de arquitetos tem se reinventado pelas boas ou pelas más raízes da Grande Recessão que devora lenta e dolorosamente a península ibérica há mais de seis anos. Ante tanta amargura, a boa notícia é que assim como que ocorreu com a revolução dos 390 (e ainda aumentando) meios lançados por jornalistas na Espanha desde a explosão da crise, centenas de arquitetos jóvens protagonizaram o florescimento de uma infinidade de coletivos, oficinas e reinvenções disciplinárias internacionais, como uma brisa fresca de verão num país condenado à recessão pela especulação imobiliária, paradoxalmente. 


Aaa
Movimiento 15M em Valencia, Espanha. 2011. Imagem © Wikipedia

Agora bem, com ou sem a crise, na Espanha ou fora dela, a pergunta é inivitável para os arquitetos: "e depois do projeto final da graduação, o que fazer?" Relembrando a Valentina Rozas em sua entrevista: "Acredito que temos que nos dar este espaço para poder fracassar ou renunciar".
poder fracassar - ainda que soe sarcástico em dias tão difíceis - poderia resultar ser um direito inalienável do arquiteto, mas consideremos que o fracasso segue sendo socialmente muito castigado nas culturas latino americanas. Não é visto como um momento de reflexão (por que falhei?), mas é simplesmente um erro ('falhei'). A diferença do Japão onde o fracasso se compartilha entre os amigos, companheiros de trabalho ou família e é incentivado a seguir perseverando (“ganbarimasu!”) ou na União Europeia aonde além disto adquire um valor positivo (com louros de heroísmo) por entendê-lo como um método empírico de aprendizagem.
Curioso o contraste de culturas, pois o arquiteto - seja aonde for - desenvolve ao longo de sua carreira uma grande resistência ao fracasso a partir do primeiro dia de aula (se é que não o desenvolveu antes): a rejeição nos ateliêrs, a rejeição do conceito, a rejeição da proposta. Tente de outra forma. Busque referências. Dê uma volta. E não e mil vezes não. O engajamento forçado de milhares de estudantes com diversas inquietudes em um perfil de egresso exista e mono-temático, na qual todos podemos elejer o enfoque do nosso interesse, sempre e quando seja o mesmo, parafraseando Henry Ford. Finalmente, essa resistência ao fracasso de parte de nossas arquitetas e arquitetos é poucas vezes vista como uma fortaleza ou uma lição; muitas, como uma cruz carregada no ombro, mais pode resultar fundamental na reinvenção do profissional em anos de saturação, crises econômicas, práticas ruins e bandeiras próprias.


525e8795e8e44e67bf000a51_una-ciudad-n-made-para-el-siglo-21_nomadicurbanism08
Projeto Very Large Structure (VLS) de Manuel Domínguez como desafio ao processo de titulação. Imagem © Manuel Dominguez / Zuloark

Interdisciplinariedade, criatividade, auto-titulações, resistência e temporalidade. Uma base fundamental entre aqueles que se dedicaram (ou querem se dedicar) fazer as coisas à sua maneira. E seguir sacrificando-se pelo que vale a pena em tempos de incertezas. Existem exemplos da área que os mais apeteça: no taller ATEA do colectivo mexicano SomosMexas, a Galería de Magdalena em Madrid, o escritório chileno GT2P, o escritório espanhol de módulos ecológicos Ecospace, a plataforma multi-disciplinar Zuloark, a produtora madrilenha Solita Films e o Centro de Arquitectura Contemporánea (GAC) em Santiago do Chile. Estes não apenas dão conta da existência de uma frota de ideias próprias materializadas com suor e lágrimas, mas também a possibilidade de expandir as fronteiras aparentemente tão fortificadas da arquitetura. E melhor ainda, a possibilidade de somar vozes à arquitetura a partir do Sur Global: latinos, africanos, asiáticos e oceánicos.


Somosmexas
Colectivo SomosMexas. Imagem © SomosMexas

Mas claro, levantar a bandeira da vocação é bastante cômodo se não estivermos pensando em como chegar confortavelmente ao final do mês, mas ninguém disse que não temos que seguir fazendo sacrifícios. Isto acontece até nas melhores famílias: certo arquiteto dono de um escritório me confessou que o ato de embarcar num projeto assim é assumir que a crise econômica pode ser uma constante. Se falamos é de esforço, os integrantes do coletivo Somosmexas as arquitetam para compatibilizar o amor por suas atividades nos finais de semana com a obrigação de chegar ao fim do mês, sem que ATEA, ao menos, não os gere prejuízos. Enquanto isso, alguns arquitetos, escritórios e coletivos recorrem ao crowdfunding, doações e apresentação de auto-titulações à privados.


Paper-emergency-shelter-for-haiti-by-shigeru-ban-e1396396153327
Shigeru Ban, Prêmio Pritzker 2014. Imagem © KCRW

Em outra escala, o laureado com o Pritzker 2014, o japonês Shigeru Ban, começou a trabalhar junto à ONU e a forjar seu trabalho humanitário há vinte anos atrás. Recentemente disse após revisar as fotografias dos abrigos construídos pela organização internacional em Ruanda quando tinha 37 anos: "Os tutsis (nativos) se congelavam (...) viajei até os escritórios da ONU em Genebra me sentindo como um vendedor carregando uma barraca de acampar", brincou em entrevista ao jornal El País. Sua aposta de baixo orçamento, planejamento puro, construção rápida e sensibilidade sólida rapidamente ganhou a aprovação do arquiteto responsável. O resto é história.
Resumindo, apesar das subidas e descidas da montanha russa da economia, uma carreira de impacto tão amplo como a arquitetura exige tanta criatividade, compromisso, profissionalismo, entusiasmo e desenvoltura que todo o aprendizado nos deixa uma lição clara: quando se sabe o que se quer, não há nada mais difícil que não fazê-lo.
Chamem-no de o direito ao fracasso.


5158609ab3fc4b39b500004f_arte-y-arquitectura-il-senso-delle-cose-ilustraciones-por-fabio-barilari_f_barilari_-_chiostro_1
© Fabio Barilari


Cita:Valencia, Nicolás. "Arquitetos(as) e nosso direito ao fracasso" [Arquitectos(as) y nuestro derecho al fracaso] 02 May 2014. ArchDaily. (Baratto, Romullo Trans.) Accessed 17 Jul 2014. <http://www.archdaily.com.br/br/601367/arquitetos-as-e-nosso-direito-ao-fracasso>