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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

AULA DE ARQUITETURA


Inaugurada em 2010, o Rolex Learning Center, na Suiça, é um brilhante projeto do escritório Sanaa. A dupla japonesa Kazuo Sejima e Ryue Nishizawa venceu concorrência com outros quatro prêmios Pritzker e criou um prédio que só de ver dá vontade de voltar a estudar.
Tudo ali impressiona, embora seja um edifício cuja vocação é se esconder, sumir. É um espaço contínuo, fluente como ondas que se conectam, sem andares. Existe uma única entrada, no centro do prédio. Não há desvios, escadas, corrimões, rodapés, pisos diferentes, juntas no chão. Nos 20 mil metros quadrados de área construída há muitos vidros e subidas e descidas sutis, que funcionam também como isolamento acústico. Tudo é transparente e calmo.
A dupla japonesa pensou ainda em estreitar laços com a ecologia. Quando está frio, a água do lago Genebra, em frente, é aquecida e passa por dutos sob o chão, equilibrando a temperatura do espaço. Quando está calor, as janelas são abertas, a água é resfriada e ajuda a adequar o ambiente.
A sensação, e o que empolga nessa arquitetura, é o fato de que o prédio parece arrefecer o ânimo competitivo entre os alunos. As curvas, a luz e a harmonia da construção sugerem, quase obrigam, o convívio entre todos.
O espaço é aberto para todos e virou uma referência na cidade.

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