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terça-feira, 19 de agosto de 2014



No dia 20 de agosto, às 18h30, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) sediará um encontro com grandes nomes da arquitetura: Martha Thorne,FGMF Arquitetos e Sou Fujimoto se encontram para palestras sobre a arquitetura contemporânea sob diferentes perspectivas no século XXI.
O evento “Pontos de Vista: Faces da Arquitetura Contemporânea” será aberto ao público e mediado pelo curador da Bienal de Arquitetura de 2013, Guilherme Wisnik, que, após as palestras, promoverá um debate entre o público e os palestrantes.
Como um dos mais proeminentes profissionais de sua geração, o arquiteto japonês Sou Fujimoto dará uma palestra com o tema “Primitive Future”, onde abordará questões recorrentes em sua obra, como a relação entre natureza e construção.
O escritório brasileiro FGMF se dedica a realizar uma arquitetura investigativa e original, atuando em todas as escalas e programas. No evento, os arquitetos discutirão conceitos que, depurados ao longo de 15 anos de atividade, constituem a base da arquitetura do FGMF.
Trazendo uma visão geral sobre a arquitetura internacional desta geração, a diretora-executiva do Prêmio Pritzker, Martha Thorne, encerra o ciclo de palestras com o tema “Re-defining architecture for the 21st century”.

Para mais informações, acesse a página do evento.

Evento “Pontos de Vista: Faces da Arquitetura Contemporânea”
  • Local: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP / Avenida Paulista, 1578 - Cerqueira César / SP.
  • Data: 20 de agosto de 2014.
  • Horário: 18h30 às 22h.
  • Informações: https://www.facebook.com/ptsdevista
  • Aberto gratuito e aberto ao público / Vagas Limitadas – ao atingir o máximo de inscrições, o credenciamento será encerrado.
Fonte:Romullo Baratto. "“Pontos de Vista: Faces da Arquitetura Contemporânea” reúne Martha Thorne, FGMF Arquitetos e Sou Fujimoto para palestras no MASP" 15 Aug 2014. ArchDaily. Accessed 16 Ago 2014. http://www.archdaily.com.br/br/625524/pontos-de-vista-faces-da-arquitetura-contemporanea-reune-martha-thorne-fgmf-arquitetos-e-sou-fujimoto-para-palestras-no-masp?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=cd4df49c35-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-cd4df49c35-407774757
Dia mundial da FOTOGRAFIA
Hoje é uma data muito especial: é o Dia Mundial da Fotografia.
E para nós a fotografia de arquitetura é um elemento essencial que nos permite compartilhar com nossos leitores cada detalhe de cada projeto que publicamos. Mas isso seria impossível sem eles: os fotógrafos de arquitetura, a quem queremos homenagear no dia de hoje.Estes incansáveis profissionais, muitas vezes colegas-arquitetos, se dedicam a um aspecto fascinante da arquitetura: contar-nos, através de suas lentes, a história fascinante de cada projeto.
Diariamente trabalhamos com profissionais do mundo inteiro, muitos deles acabam se tornando nossos amigos e amigas, assim, sabemos o quão difícil e sacrificada são suas rotinas. Admiramos e respeitamos seu empenho e dedicação e aprendemos muito com o seu trabalho que, sabemos, é realizado com total paixão e devoção. Faça chuva ou (melhor) sol, eles estão lá, solitários, silenciosos, em busca da luz perfeita e do melhor enquadramento.  Somos seus maiores fãs e maiores defensores da importância de seu trabalho para a divulgação da boa arquitetura.
No Brasil e em Portugal, temos alguns dos maiores expoentes da fotografia de arquitetura mundial. Cada um com sua assinatura, sua forma de expor sua leitura da arquitetura, todos referencias.
Nosso trabalho de curadoria nos permite reconhece-los, com seu estilo e seus detalhes inconfundíveis. Este ano preparamos uma pequena surpresa aos nossos queridos fotógrafos e fotógrafas de arquitetura: conversamos com os seus clientes, e pedimos que  nos contassem como  eles são, como trabalham e o que pensam dos profissionais que mostram ao mundo  seus projetos. Durante todo o dia estaremos compartilhando com vocês essas reflexões em um espaço que preparamos especialmente para este dia.
Infelizmente não podemos incluir todos na lista deste ano, mas nos lembramos de todos, (sim de todos!). Principalmente daqueles com quem falamos diariamente ou que compartilhamos mensagens e queremos agradecer sua boa vontade e generosidade. É uma grande honra tê-los como colaboradores e, em muitos casos, amigos.
Feliz dia a todos os fotógrafos!


Fonte:Equipe Editorial. "Dia Mundial da Fotografia" 19 Aug 2014. ArchDaily. Accessed 19 Ago 2014.  http://www.archdaily.com.br/br/625674/dia-mundial-da-fotografia?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=427e7935ef-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-427e7935ef-407774757

terça-feira, 12 de agosto de 2014


Por: kdfrases.com
Novos rumos para a mobilidade urbana

Claudio Bernardes - Folha de S. Paulo
 Mobilidade urbana
O rápido crescimento mundial das populações urbanas traz consigo novos elementos e parâmetros a serem introduzidos na intrincada equação do desenvolvimento equilibrado das cidades. Questões complexas como segurança pública, saúde, habitação e drenagem urbana devem estar no radar dos planejadores e administradores municipais, mas a mobilidade urbana é claramente uma prioridade nos grandes centros. Portanto, a integração entre transporte público e desenvolvimento é imprescindível para estabilizar o crescimento, a fim de aliar ao adensamento positivo e harmonizado os benefícios sociais, ambientais e econômicos, na exata medida das necessidades da cidade.
Para a economia urbana, os custos do transporte coletivo em modelos de desenvolvimento compactos, no entorno de eixos de corredores de ônibus, linhas de metrô, monotrilhos, por exemplo, são menores do que os relativos ao transporte individual. Um modelo que permitisse ao município, Estado e à iniciativa privada firmar parcerias para o desenvolvimento conjunto de empreendimentos comercias e residenciais, paralelamente à implantação do transporte público, poderia evitar as distorções que existem hoje. Lamentavelmente, questões correlatas à mobilidade urbana acabam sendo resolvidas depois que os problemas estão criados. A integração planejada do transporte com o tecido urbano torna a cidade mais viva, melhora as opções de acessibilidade e torna o ambiente urbano mais agradável.
Criar estações de transporte que são mais do que simples estações. Concentrar e conectar escritórios, comércio, hotéis e lazer no entorno de linhas de transporte público de alta capacidade ajudam a atingir a escala adequada de desenvolvimento para essas atividades. E também contribuem para aperfeiçoar o desempenho desses meios de locomoção, a partir da popularização do uso do transporte público para o cumprimento das atividades diárias. Está claro que transporte e planejamento urbano estão intimamente ligados e são mutuamente influenciados. A sua integração proativa aumenta a qualidade de vida nas áreas urbanas, contribui com a sustentabilidade e ajuda a mudar o comportamento dos cidadãos em relação à mobilidade na cidade.
Além disso, modelos inovadores de gerenciamento de sistemas de transporte público, capazes de interconectar transporte sobre trilhos e sobre pneus por "software" e informar ao usuário, pela internet, a melhor alternativa para se chegar ao destino, como hoje existe para o transporte por automóvel, será, sem dúvida, um grande aliado à mobilidade urbana em um futuro próximo.
Embora seja difícil promover mudanças estruturais em uma cidade, cujo crescimento "físico" se deu de maneira inadequada, seria importante, mesmo que em uma transição paulatina, porém bem planejada, estruturar a cidade para que se possam desenvolver modelos alternativos de transporte. Isso inclui melhorar as calçadas, para que caminhadas mais longas sejam possíveis, seguras e confortáveis, bem como ciclovias adaptadas adequadamente ao sistema viário.
Não se pode esquecer que o transporte na cidade não é somente de pessoas, mas também de cargas, e a mobilidade está associada a esses dois parâmetros.
Manter circulando nas vias urbanas somente o transporte de cargas necessário para o dia a dia das cidades, e aprimorá-lo, é condição essencial para que ele não seja mais um problema dentro da matriz de mobilidade urbana. Estruturar o uso de informações em tempo real para administrar a movimentação de mercadorias "on demand" pode ser de grande valia na redução desse problema.
Está claro que o futuro da mobilidade urbana vincula-se a sistemas multimodais interconectados de forma inteligente, adaptados adequadamente à estrutura física do tecido urbano e associados ao modelo de uso e ocupação do solo. Isso, sem dúvida, definirá a intensidade, frequência e qualidade dos deslocamentos da cidade.

Fonte:

Oscar Niemeyer por Marcelo Ferraz

Encontros com Oscar Niemeyer

Marcelo Carvalho Ferraz conta sobre seu convívio com Niemeyer e fala da importância do arquiteto




Conheci Oscar Niemeyer em 1989 em um almoço oferecido a ele por Lina Bo Bardi, com quem eu trabalhava. Foi um encontro muito especial de dois velhos amigos – Lina e Oscar – que não se viam desde 1964. Ali, falaram muito sobre o Brasil e nossos eternos problemas e pouco sobre arquitetura.
Anos depois, já em 2002, Oscar me ligou e, num longo telefonema, fez muitas perguntas a respeito da arquitetura de museus. Queria saber sobre as dimensões ideais de espaços expositivos, sobre técnicas variadas de iluminação etc. Ao final, ele me pediu um pequeno relatório sobre o que seria um bom programa de necessidades para um museu contemporâneo. De início, achei que fosse um trote de algum amigo, mas não, era ele mesmo, o Oscar. Fiz rapidamente o relatório, enviei por fax e recebi novamente um simpático telefonema de agradecimento.
Alguns dias depois, outro telefonema. Dessa vez, Oscar me convidava para colaborar na transformação de um antigo projeto seu – um grande edifício construído em 1970 para abrigar uma escola – em um museu contemporâneo. Justificou o convite dizendo que queria ter a seu lado o “pessoal de Lina”, que entendia do assunto. Tratava-se do Novo Museu de Curitiba, atualmente Museu Oscar Niemeyer. Aceitei, é claro, e com meu sócio Francisco Fanucci e minha equipe do Brasil Arquitetura, trabalhamos intensamente durante um ano, até a inauguração do museu.
 Os encontros com Oscar eram sempre em seu escritório, no Rio, mas ele se deslocou para Curitiba de carro para a inauguração. Nessa relação de trabalho, Oscar foi sempre  gentil e amigo, ouvindo e ponderando nossas sugestões, discutindo cada ponto do projeto, com muito respeito profissional. Em um certo momento, ele disse: “bem, vocês cuidam da reforma e adequação do edifício velho, e eu cuido do bloco novo”, hoje conhecido como “olho”, que virou um forte marco de Curitiba. E assim foi. Sou muito grato a ele pela confiança depositada em nós, e pela “amizade acima de tudo”, como sempre dizia.
 A importância do arquiteto
Oscar Niemeyer é, acima de tudo, um grande humanista, um militante incansável da justiça social, de um mundo melhor para todos. Claro que, humano que é, não é uma unanimidade. Mas são inquestionáveis sua genialidade, originalidade e peculiaridade. Por ser “tão único” em seu modo de fazer arquitetura, não deixa uma escola, seguidores, como outros arquitetos importantes. E muitos que se arvoram a isso “dão com os burros n’água”.
Oscar é um arquiteto que tem uma obra marcante e tocante para todos os arquitetos, e também para os não arquitetos que tomam conhecimento dela. O que mais me admira em Oscar é sua intuição estrutural, condição ou atributo fundamental para todo bom arquiteto. Também o seu senso de escala para projetar grandes espaços públicos, verdadeiros palácios, é impressionante. Veja o interior do Itamarati, por exemplo.
Obras marcantes
Para mim, o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, é a obra máxima de Oscar. A sabedoria na implantação dos edifícios, as formas surpreendentes, o detalhamento no uso dos materiais… É um trabalho primoroso. Há também os Pavilhões do Parque Ibirapuera, com a marquise a conecta-los de modo elegante, muito original, criando um passeio coberto e aberto à vegetação, ora criando grandes espaços, verdadeiros salões, ora caminhos cobertos. E acho genial a rampa do Pavilhão da Bienal, que sempre é a estrela numero um das exposições que ali acontecem, inclusive salvando algumas delas do fracasso.
E o Edifício Copan: uma verdadeira aula de urbanismo. Uma implantação que claramente propõe uma nova lógica de relacionamento urbano para São Paulo, entre edificações e pedestres, mais humana, mais e mais centrada na convivência. Estas, são obras que devem ficar sempre em nossa mirada como bons exemplos a serem seguidos em busca de uma cidade mais democrática e confortável.
Marcelo Carvalho Ferraz é arquiteto, sócio-fundador do escritório Brasil Arquitetura e autor dos livros “Arquitetura Rural na Serra da Mantiqueira” e “Arquitetura Conversável”
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Créditos: oficinadeestilo.com.br