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quarta-feira, 2 de julho de 2014

O novo Museu de Arte de Tel Aviv


O novo Museu de Arte de Tel Aviv trouxe um grande desafio para o  scritório de arquitetura Preston Scott Cohen: planejar grandes galerias (neutras e retangulares) em um terreno de proporções modestas.


Segundo o escritório, a solução foi distorcer sutilmente as superfícies geométricas que conectam os ângulos entre essas galerias e deixar que a luz natural entre e dê ao edifício uma sensação maior de espaço.


Dentro desse conceito a obra apresenta duas facetas: o clássico museu, com enormes caixas brancas; o moderno museu, que oferece um espetáculo arquitetônico.

Essas galerias foram organizadas em espiral, em torno de uma clarabóia construída a 26 metros de altura. E como o edifício possui múltiplos eixos, acaba formando um sistema de andares independentes, empilhados uns sobre os outros e interligados por uma circulação vertical.

Uma arquitetura modernista, re-sintetizada numa linguagem internacional. 

por  @saulomileti 16.Jan.2012

Quando Oscar Niemeyer mandou o fundador da Bauhaus a merda


Em 1951 o arquiteto Oscar Niemeyer projetou sua nova residência em São Conrado, no Rio de Janeiro. E apresentou o projeto, conhecido como “Casa das Canoas”, assim:
MINHA PREOCUPAÇÃO FOI PROJETAR ESSA RESIDÊNCIA COM INTEIRA LIBERDADE, ADAPTANDO-A AOS DESNÍVEIS DO TERRENO, SEM O MODIFICAR, FAZENDO-A EM CURVAS, DE FORMA A PERMITIR QUE A VEGETAÇÃO NELAS PENETRASSE, 
SEM A SEPARAÇÃO OSTENSIVA DA LINHA RETA.



Dois anos depois, o fundador da Bauhaus Walter Gropius – que havia recentemente abandonado seu cargo como Diretor da Escola de Arquitetura de Harvard – veio ao Brasil para ser jurado do Prêmio de Arquitetura da 2ª Bienal de São Paulo. E como era de se imaginar, os dois genios se encontraram e Niemeyer o convidou para uma visita na Casa das Canoas.
Gropius, precursor do funcionalismo e radicalmente contra o pensamento singular e individualista na arquitetura e no design, conheceu a tal casa, e comentou:
“SUA CASA É BONITA, MAS NÃO É MULTIPLICÁVEL”.
Niemeyer ficou puto. E nitidamente ergueu essa discussão como uma bandeira. E disse ao Correio Braziliense:

E O CHEFE DO NEGÓCIO, O WALTER GROPIUS, ERA UM BABACA COMPLETO.
“A Bauhaus, que é a turma mais imbecil que apareceu, chamava a arquitetura de a casa habitat. Não interessava a forma, desde que o quarto estivesse perto do banheiro, a cozinha perto da sala e funcionasse bem. Foi um período de burrice que conseguimos vencer. A escola que eles construíram nunca ninguém pensou nela, porque não tem interesse nenhum, ninguém nunca ouviu falar. E o chefe do negócio, o Walter Gropius, era um babaca completo. Ele foi na minha casa nas Canoas, subiu comigo e disse a maior besteira que já ouvi: “Sua casa é muito bonita, mas não é multiplicável”. Pensei: que filho da puta! Para ser multiplicável teria que ser em terreno plano, teria que procurar um terreno igual e meu objetivo não era uma casa multiplicável, era uma casa boa para eu morar. Eles eram assim, sem brilho nenhum. E o trabalho que ele deixou é um monte de casas que se repetem. Foi um momento que ameaçou a arquitetura, mas Le Corbusier e os outros reagiram. Foi um momento em que a burrice queria entrar na arquitetura, mas foi reprimida.”

É claro que nenhum deles estava certo – ou errado. Tanto Gropius quanto Niemeyer são nomes cravados na história da arquitetura, com pensamentos e características únicas. E mesmo Niemeyer, que criticou com mão de ferro a Bauhaus, com certeza a usou como inspiração para desenvolver os Ministérios de Brasília, assim como toda a gama de prédios residenciais e comerciais na nova capital do país: projetos multiplicáveis, funcionais e pensados para o “todo”, e não no indivíduo.

E quanto a nós, mortais, resta continuar pesquisando, estudando e (com sorte) um dia começar a entender tudo o que esses caras deixaram para nós. 

A arquitetura não linear de Zaha Hadid


No final da década de 80 surgia um movimento pós-moderno caracterizado pelo desenvolvimento de uma arquitetura não linear, funcional e extremamente inteligente. Uma linha de raciocínio focada na fragmentação de elementos e estruturas, distorcendo por completo a maior parte dos princípios dessa ciência. Um caos controlado, imprevisível, estimulante e inspirador. Neste ousado cenário está o trabalho de Zaha Hadid.

Nascida em Badgá, Zaha estudou matemática na AUB, em Beirute, e depois foi direto para a Architectural Association de Londres (onde mais tarde se tornaria professora). Vencedora de diversos concursos internacionais, alguns de seus notórios projetos nunca chegaram a ser construídos, como o The Peak Club (Hong Kong, 1983) e a Cardiff Bay Opera House (Wales, 1994).

Grande parte da obra de Zaha é conceitual e nunca saiu do papel. O que não diminui sua influência no mundo: a arquiteta já foi eleita pela Forbes como a #69 do “The World’s 100 Most Powerful Women”; indicada pela Time como a“Influential Thinker” de 2010; apontada como #42 do “The World’s 50 Most Influential” pela The British.

Mas como sabemos, não dá pra viver exclusivamente de projetos no papel. E entre os projetos desenvolvidos (e construídos) pelo Zaha Hadid Architects(escritório da moça em Londres, com mais de 350 funcionários), estão alguns trabalhos impressionantes, como a Puente Pabellón (Zaragoza), a Pista de Ski Bergisel (Innsbruck), a Vitra (Weil am Rhein) e o Centro de Arte Contemporânea (Ohio).

Outras criações curiosas (algumas são até fáceis de encontrar para quem quiser comprar) são produtos do nosso cotidiano, como torneiras, sofás, luminárias, sandálias (sim, meninas, é da Melissa) ou mesmo uma mesa de jantar do tipo“Minority Report”:)



Por @saulomileti 19.Aug.2011

terça-feira, 1 de julho de 2014


                         O que é religião?


"A religião não ensina autoconfiança, independência, hombridade, coragem, autodefesa. A religião faz de Deus o mestre e do homem seu servo. E tal mestre não consegue ser suficientemente grandioso para fazer da escravidão algo aprazível."

Todo homem tem o direito de pensar. Por que Deus daria asas aos pássaros para fazer do vôo um crime? Por que Ele me daria um cérebro e faria do pensamento um crime?”
"Se Deus existe, como podemos saber se ele é bom? Como podemos provar que é misericordioso, que se importa com sua criação? Se tal Deus existe, então viu, em muitas ocasiões, milhões de suas pobres criaturas arando os campos, semeando grãos, e quando os viu, sabia que dependiam da colheita para sobreviver e, ainda assim, esse bondoso Deus, esse ser compassivo, não lhes proveu chuva. Fez o sol nascer, roubando da terra toda a umidade, e não enviou chuva. Viu as sementes que os homens plantaram murchar e perecer, mas não enviou chuva. Viu as pessoas olharem, com tristeza, a terra estéril, e não enviou chuva. Viu-os, lentamente, devorar o pouco que tinham, e viu-os quando vieram os dias de fome – viu-os definhando lentamente, viu-os famélicos, com seus olhos combalidos; ouviu suas preces, viu-os devorar os miseráveis animais que tinham, viu pais e mães, ensandecidos pela fome, matando e comendo seus bebês depauperados – e, apesar de o céu sobre eles ser como bronze e a terra abaixo como ferro, não enviou qualquer chuva. Podemos dizer que, no coração deste Deus, havia a flor da piedade? Podemos dizer que se importa com sua criação? Podemos dizer que sua piedade é eterna?"

"A religião nunca tornou os homens livres."

"A religião apóia-se na idéia de que a natureza tem um Mestre, que este mestre ouve preces e orações, que este mestre pune e recompensa, que ama a adoração e a lisonja e odeia os bravos e os livres."

"O insucesso parece ser a “marca registrada” da natureza. Por quê? Porque a natureza não possui um projeto e tampouco inteligência. A natureza produz sem objetivo, sustenta sem intenção e destrói sem
pensamento. O homem possui uma pequena inteligência, e deveria usá-la. O
intelecto é a única coisa capaz de elevar a humanidade."

"A religião nunca poderá reformar a humanidade porque religião é escravidão."

"É muito melhor ser livre, abandonar os fortes e as barricadas do medo, erguer-se com firmeza e encarar o futuro com um sorriso."

          "Aumentar o conhecimento, aliviar o fardo dos fracos, desenvolver o cérebro, defender a justiça, construir um palácio para nossa alma. Isso é a verdadeira religião, isso é a verdadeira adoração."

          FONTE:http://pt.wikiquote.org/wiki/Robert_Green_Ingersollhttp://pt.wikiquote.org/wiki/Robert_Green_Ingersoll
          em orelhas

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